Seguindo uma tendência de rápido descenso em seu nível, o rio Madeira registrou a marca de 14,43 metros nesta sexta-feira (9) e se distancia cada vez mais da sua cota de emergência, que é de 16 metros.
Indicando que o avanço das águas sobre as comunidades e distritos em 2025 já ficou no passado, as populações atingidas pela cheia agora enfrentam o desafio do retorno às suas residências, que em algumas localidades, como Nazaré, ficaram com um denso rastro de lama deixado pela água do rio.
Mesmo com o recuo contínuo do nível do rio Madeira, os impactos causados pela cheia seguem sendo mitigados pelo comando da Sala de Situação da Defesa Civil, que é responsável pela operação S.O.S Ribeirinhos, que segue levando cestas básicas, água potável, entre outros insumos de primeira necessidade às populações que vivem à margem do rio Madeira.
De acordo com o coordenador da operação, coronel Marcelo Duarte, o trabalho agora é de garantias de direitos, segurança e apoio às comunidades nessa fase pós-cheia, já se planejando para as ações que serão executadas no período de seca, que já está nas projeções climáticas para os próximos meses nessa mesma região.
Através de um inédito processo de levantamento de dados, a operação S.O.S Ribeirinhos vem conseguindo tabular informações que serão aplicadas em todas as ações de mitigação de impactos, tanto da cheia, quanto da seca, além de facilitar o acesso dessas pessoas a benefícios sociais disponibilizados aos impactados pela cheia.
“Estamos cumprindo o desafio de conhecer estatisticamente as necessidades de cada família que vive nessas áreas historicamente afetadas por conta da crise climática dentro do território de Porto Velho. Com esses dados tabulados, as ações serão mais eficazes e os impactos sociais cada vez menores”, destacou o coronel Marcelo Duarte.
De acordo com o Serviço Geográfico Brasileiro, a tendência é de que o rio Madeira siga na queda acentuada de seu nível nas próximas semanas.