Cotado para a seleção brasileira, o técnico do Al-Hilal, Jorge Jesus, criticou os árbitros da partida após a eliminação de seu time da Liga dos Campeões da Ásia nesta terça-feira (30), quando o tetracampeão perdeu por 3 a 1 para o Al-Ahli, também da Liga Profissional Saudita, em Jeddah.
O time de Riad foi eliminado após gols do brasileiro Roberto Firmino e do inglês Ivan Toney no primeiro tempo colocarem o Al-Ahli no caminho para a vitória, que garantiu a primeira aparição do clube na final desde 2012.
“O árbitro não estava no mesmo nível das equipes”, disse Jorge Jesus sobre o árbitro jordaniano Adham Makhadmeh. “Acho que foi ele quem nos fez ter uma atuação tão ruim”, acrescentou o técnico, que no Brasil comandou o histórico time do Flamengo na temporada de 2019.
Jorge Jesus é um dos nomes que vêm sendo citados pela imprensa brasileira como possível substituto de Dorival Júnior no comando da seleção nacional.
“Houve muitas discussões e muito nervosismo entre os jogadores. Isso deixou o jogo cheio de tensão. Gostaria que tivéssemos um árbitro melhor e em melhor nível”, disse o técnico sobre a partida desta terça-feira. “Mas não quero colocar tudo nas costas do árbitro. Eu sou o responsável.”
Makhadmeh distribuiu 11 cartões amarelos ao longo de 90 minutos, incluindo dois para Kalidou Koulibaly após faltas flagrantes em Toney e Roger Ibanez, deixando o Al-Hilal reduzido a dez homens na última meia hora de jogo.
Naquele momento, Salem Al-Dawsari havia reduzido a desvantagem do Al-Hilal com um gol aos 42 minutos. Aos sete minutos do fim do período de acréscimos, no final de um confronto movimentado no Estádio King Abdullah Sports City, Feras Al-Brikan confirmou o resultado para o Al-Ahli.
A derrota aumentou a pressão sobre Jorge Jesus, que levou o Al-Hilal ao título da liga saudita do ano passado, mas viu seu time ser eliminado da Liga dos Campeões da Ásia nas semifinais nas últimas duas temporadas.
“Fiz tudo o que pude”, disse Jorge Jesus quando perguntado se achava que ainda estaria no comando do Al-Hilal na viagem aos Estados Unidos para a Copa do Mundo de Clubes da Fifa, em junho. “Planejei bem, mas quando o resultado é negativo, temos que encontrar alguém para culpar. A administração não tem nada a ver com isso. O culpado sou eu.”