Rondônia tem alcançado resultados expressivos na luta contra a malária. Segundo o último Boletim Epidemiológico da Agência Estadual de Vigilância em Saúde (Agevisa/RO), o número de casos caiu 57% entre 1º de janeiro e 28 de março de 2025, em comparação com o mesmo período do ano anterior.
Em 2024, foram registrados 2.211 casos nesse intervalo. Em 2025, o número despencou para 954 notificações. De acordo com Valdir França, coordenador do Programa de Combate à Malária da Agevisa, essa redução é fruto do trabalho contínuo de prevenção, diagnóstico precoce e tratamento eficaz realizado em todo o estado.
Além do bom desempenho nos primeiros meses do ano, a queda também foi observada nos dados anuais. Em 2023, foram 11.762 casos; em 2024, o total caiu para 7.716, o que representa uma redução de 34%.
A maioria das infecções registradas em 2025 (905 casos) foi causada pelo Plasmodium vivax. Casos envolvendo Plasmodium falciparum somaram 45, e infecções mistas, apenas 4.
Cuidado redobrado com a saúde materna
O boletim também chama atenção para os cuidados com gestantes. No período analisado, foram realizados 1.669 exames em mulheres grávidas, e 6 testaram positivo para P. vivax. A detecção precoce é essencial para evitar riscos à saúde da mãe e do bebê.
Porto Velho lidera o ranking de municípios com mais casos (595), seguido por Candeias do Jamari (124) e Guajará-Mirim (98). Ao todo, 15 municípios notificaram infecções neste início de ano.
Prevenção continua sendo a chave
Apesar dos avanços, as autoridades reforçam que o combate à malária deve seguir firme. Medidas como controle do mosquito transmissor, diagnóstico ágil e tratamento correto seguem sendo fundamentais, especialmente em áreas com maior incidência.
“Esses resultados mostram que estamos no caminho certo, mas o combate à malária precisa ser constante”, reforçou Gilvander Gregório de Lima, diretor-geral da Agevisa. Ele destacou ainda a importância do trabalho conjunto entre profissionais de saúde e comunidades.
A população deve continuar atenta aos sintomas da doença — como febre, calafrios, dor de cabeça e cansaço — e procurar atendimento médico ao menor sinal. O esforço coletivo segue sendo a melhor estratégia para manter a malária sob controle em Rondônia.