Uma reconstrução digital em 3D do Titanic trouxe à tona novas informações sobre as últimas horas do navio, que afundou em 1912 após colidir com um iceberg no Atlântico Norte, resultando na morte de cerca de 1,5 mil pessoas.
O modelo em tamanho real foi desenvolvido a partir de mais de 700 mil imagens captadas por robôs subaquáticos e analisado para um documentário da National Geographic. Ele confirma relatos históricos e destaca, com mais precisão, como o navio se partiu ao meio e afundou.
O escaneamento revelou detalhes inéditos, como caldeiras ainda ativas no momento da tragédia e uma válvula de vapor aberta, indicando que engenheiros trabalharam até o fim para manter as luzes acesas e auxiliar na evacuação. O esforço foi liderado por Joseph Bell e sua equipe, que morreram no naufrágio, mas ajudaram a salvar vidas.
Além disso, uma simulação computacional avançada baseada na estrutura do navio indica que perfurações no casco — do tamanho de folhas A4 — foram suficientes para comprometer seis compartimentos, causando o afundamento. Embora pequenos, os danos se espalharam de forma extensa, superando os limites de segurança da embarcação, projetada para flutuar com até quatro compartimentos alagados.
Especialistas apontam que a réplica digital fornece uma nova compreensão técnica do desastre e pode levar anos para ser completamente analisada, funcionando como uma “testemunha silenciosa” dos eventos daquela noite. Pertences pessoais ainda visíveis no fundo do mar reforçam o impacto humano da tragédia.