Se a escabrosidade humana não afugentar as águas com abominação e abrutamento, talvez a essência divinizada da terra recupere a sua fascinante forma estetizante da vida e reestabeleça a exaltação dos sentidos dos povos originários e tradicionais da Amazônia brasileira.
Se a exacerbada agrura do homem deixar de extirpar a verde mata com avidez e insolência, talvez a exuberância cósmica e a fecunda terra, adquiram o natural direito de sobreviverem diante da morte anunciada da rica e exuberante biodiversidade do ecossistema planetário.
Se a força ignominiosa do poder afrontoso do capital não resultar no desregramento institucional público, talvez o orçamento de verbas destinadas à prevenção e combate às ações delituosas da mata amazônica não seja cada vez mais reduzido, e sim, fortalecido, dando prioridade principalmente às operações de combate ao crime organizado que danifica e abala os pilares democráticos da florestania.
Se os orçamentos públicos não forem delituosamente canalizados e espoliados pela degeneração moral do poder hegemônico privado e estatal, talvez a derrocada humana não caia em descalabro, e saia do desmedido desmazelo que na sua fútil devassidão provoca a profunda execração da imensurável terra mãe.
Se a sociedade envolvente ignóbil e reacionária, deixar de violar e banalizar os direitos constitucionais vigentes, provocando danosamente os processos de degradação social e ecológica da Amazônia, talvez um dia, possamos acreditar na suntuosidade deslumbrante da natureza adormecida.