A prática de separar resíduos e materiais em desuso se tornou uma rotina entre os servidores da Secretaria Municipal de Planejamento, Orçamento e Gestão (Sempog). Com o objetivo de promover a destinação correta e incentivar a reciclagem, itens como baterias, pilhas, copos descartáveis, garrafas plásticas e papéis são, cuidadosamente, separados.
Para facilitar o descarte, a secretaria disponibilizou, logo na entrada, três lixeiras de cores distintas: azul para papel e papelão, vermelha para plástico e verde para vidro. Essas cores seguem as diretrizes do Conselho Nacional de Meio Ambiente (Conama), que também estabelece outras categorias: amarelo para metal, preto para madeira, laranja para resíduos perigosos, branco para resíduos ambulatoriais e de serviços de saúde, e roxo para resíduos radioativos.
O secretário da Sempog, Márcio Rogério Gabriel, ressalta a importância de cultivar a consciência ambiental entre os servidores. “Incentivar essa consciência não apenas beneficia o meio ambiente, mas também contribui para um ambiente de trabalho mais saudável e engajado”, afirma.
Uma das servidoras mais entusiasmadas na coleta seletiva e reciclagem, Meire Darc, destaca que a iniciativa não apenas reduz o impacto ambiental, mas também gera renda para aqueles que trabalham com a coleta seletiva. “É gratificante colaborar com uma ação que promove mudanças positivas na sociedade e contribui para um mundo mais justo, sustentável e solidário”, enfatiza.
DESTINO
A servidora Raísa Tavares, arquiteta e urbanista da Sempog, idealizou o projeto, destaca que a iniciativa aplica ações instituídas pelo Plano Municipal de Saneamento Básico e ressalta que boa parte do material é entregue à Associação Voluntária de Combate ao Câncer de Porto Velho (AVCC). “Esse foi o ponto de partida. Começamos separando tampinhas de garrafa para doar à associação e, a partir daí, ampliamos a coleta de outros itens que poderiam ser reciclados ou que ajudariam em projetos sociais”, explica.
As tampinhas arrecadadas são vendidas pela AVCC, e os recursos gerados são utilizados para manter serviços voluntários gratuitos para pacientes com câncer, incluindo apoio moral, auxílio na compra de medicamentos, cestas básicas, transporte e campanhas de prevenção. As tampinhas também são transformadas pela indústria que adquire o material, em novos produtos como cadeiras, baldes e caixas.
As pilhas e baterias são encaminhadas para pontos de coleta específicos em Porto Velho, pois são consideradas resíduos perigosos que podem prejudicar a saúde e o meio ambiente. Os papéis descartados são triturados e embalados antes de serem coletados pela empresa prestadora de serviços da coleta seletiva, junto a eles os plásticos, que posteriormente são enviados à associação de catadores, que vende o material para empresas que transformam tudo em diversos tipos de produtos.
Raísa também menciona que, dentro do projeto de reciclagem da Sempog, são coletados restos de alimentos, que vão para a compostagem, gerando adubo para as plantas e árvores do espaço da secretaria. Ela sonha em ver todas as secretarias implementando projetos de coleta seletiva semelhantes. “Acredito que juntos podemos fazer uma diferença significativa”, conclui.
