Dezembro é tempo de férias, de viagens e aventuras. As famílias se programam para oferecer aos filhos a recompensa pelas notas boas nas provas.
Assim, planejam viagens inesquecíveis. Visitam parentes onde estiverem, vão a lugares sonhados. E festejam a vida. Onde chegam, são chamados de turistas. Sim, eles levam dinheiro para gastar nas férias. São turistas.
Curitiba é uma dessas cidades sonhados por pessoas de todas as partes do mundo. E não é sem razão. Olhe só o que os curitibanos fazem com suas velhas Marias Fumaças: deram uma exclusiva para o Papai Noel. Clique no vídeo abaixo com a Maria Fumaça Mogul 11-Trem de Natal Curitiba/Pinhais 2018.
Enquanto isso, nós também recebemos turistas. Pouquinho, quase nada, mas chegam alguns por aqui.
E não é difícil explicar essa carência de visitantes que deixa nossa Capital, Porto Velho, tão vazia nos meses de dezembro, janeiro e fevereiro.
É só olhar o que fazemos com mais de uma Dezena de "Mogul". Simplesmente as abandonamos virando sucata. Lá, uma pertence a Noel. Aqui, pertence aos descaso e insanidade de quem tem o dever de cuidar
Veja essas imagens das nossas Marias Fumaças.
Ela quer andar, acender o farol, apitar, fumegar. Mas está doente, muito doente.
Essa litorina já se entregou. Não luta mais, não tem mais alegria, sorrisos e abraços de partidas e chegadas.
O que fizeram comigo, o que fizeram contigo, o que fizeram conosco? O nosso orgulho, a nossa estima, a nossa história … a ferrugem comeu, o ladrão roubou nossa alma. E nem ver a natureza ornamentando, acariciando, mitigando a dor da velha Maria Fumaça que a tantos serviu.
Ele ver o ornamento florido, se consterna e registra a quanto chega a ignorância humana
Ela posa, para mostrar aonde mora, o melhor que resta de uma das maiores epopeias do homem moderno. Vai, e leva a tristeza na alma.
As crianças sonham. Estão ‘viajando’ na Maria Fumaça. Guardarão na memória a lúdica experiência.
Alguns turistas posam, registram o tamanho da nossa ignominia. Não voltarão mais.