O empresário Fábio de Mello Andrade foi mais uma vítima do descaso e da falta de segurança que o Porto Velho Shopping proporciona aos clientes que resolvem pagar caro por seu serviço de estacionamento “vigiado”. No dia 01 de novembro, ele foi rapidamente ao centro de compras para apenas pagar um vestido infantil e sair do local.
“Não passei mais do que 16 minutos no shopping. Tenho um cartão pré-pago que foram debitados os R$ 8. Meu carro estava bem em frente à saída F. Fui pagar uma roupinha para minha filha que estava comigo. Estacionei meu carro, acionei o alarme com trava e as luzes acenderam. Quando volto, meu carro estava todo revirado. Não liguei porquê minha filha tinha que fazer uma aula extra, entre 16 e 16:30. Quando cheguei ao meu trabalho, senti falta da minha mochila e imediatamente voltei ao PVS”, disse Fábio.
“Quando voltei lá, me disseram que eu tinha que registrar uma ocorrência e aguardar três dias úteis por uma resposta oficial do shopping. Fiz isso e aguardei. Por desencargo de consciência, olhei nas câmeras da Unopar, que é onde trabalho, e ninguém mexeu no meu carro. Deixei lá e ninguém encostou. O que eu fiquei intrigado é que meu carro estava organizado no shopping e ao voltar, estava revirado. Além disso, continuou travado. Voltei ao shopping no prazo que me deram e disseram que não poderiam fazer nada porquê as câmeras não pegaram o furto. Disseram que não tinha como comprovar se minha mochila estava dentro com o notebook, se tinha dinheiro ou qualquer outra coisa. Fiquei indignado, pedi para olhar as câmeras e não deixaram. Depois que eu publiquei nas redes sociais, aí me mostraram as imagens. Aí que fiquei mais indignado ainda”, apontou ele.
Com os relatos nas redes sociais, Fábio viu que não estava sozinho. Nem como vítima nem como usuário maltratado pelo Porto Velho Shopping, conforme imagens capturadas pelo News Rondônia. “Tenho o caso de uma amiga que aconteceu igual. Ela foi reclamar no shopping e fizeram pouco caso. Acho que as câmeras são fantas”, disse uma mulher.
Outra moça comentou: “Roubaram a moto de uma amiga também no Porto Velho Shoppping um mês atrás e eles também não disponibilizaram NADA. Detalhe: ela não tinha seguro e ficou à pé”.
Um outro amigo comentou no Facebook: “Roubos constantes no estacionamento. Já passei também por isso”.
Depois dos fatos, veio o desabafo e as providências que serão tomadas contra o Porto Velho Shopping, tanto pelo descaso quando pela ineficiência.
“Minha maior indignação com o shopping é você sair de casa, confiando que está indo para um local seguro, onde você paga caro por isso. Você acha que seus bens estão seguros e que não vai sofrer nenhum tipo de prejuízo ou aborrecimento. Aquela segurança que há no shopping é um verdadeiro engodo e o trabalho da imprensa, especialmente do News Rondônia, é para alertar a sociedade destes problemas sérios que vêm acontecendo ali. Não temos a segurança que eles dizem que têm e que nós pagamos por ela. Me perguntaram se não tenho medo de divulgar isso. Não tenho, pois há muito tempo os bandidos atuam lá. Meu desabafo não é por vingança. Não vou deixar de frequentar, nem meus amigos nem minha família. Muita gente nossa está lá dentro. Dia desses, fui eu. Se não melhorarem a segurança, será meus pais, minha irmã, um amigo querido. São apenas duas câmeras que pegam toda a frente do shopping e todo o fundo. Elas não são fixas, não pegam nada. Ficam girando para todo o lado. Não identifica se é um homem ou uma mulher. Qual o carro se é uma caminhonete, qual a marca. O rapaz do shopping disse que são 600 mil pessoas por mês que circulam lá. São pelo menos 100 mil carros e motos que utilizam o serviço, uma arrecadação gigantesca. Será que não conseguem melhorar isso? Já tomei minhas providências, com uma ocorrência policial no 2º DP e com uma ação judicial de ressarcimento do meu Mac Book que comprei em junho. A gente rala pra caramba pra ter essas facilidades e acontece isso”, falou Fábio de Mello Andrade.
O News Rondônia fez uma rápida pesquisa na internet e o preço de um Mac Book, dependendo da configuração, varia entre 4 e 15 mil reais, mas a média é de 9 mil reais, prejuízo provável do empresário portovelhense e que por enquanto, ele não terá previsão de saber quando será ressarcido.
Outro lado
Entramos em contato com o Porto Velho Shopping, mas até o fechamento desta reportagem, a assessoria de comunicação não retornou nosso contato. Mas em um caso semelhante a este, o centro de compras e lazer informou que vai colaborar com as investigações.