FRASE DO DIA:
“O time escalado por Jair Bolsonaro para cuidar da transição de governo é coordenado por uma conhecida senhora: Mãe Joana.” – Jornalista Josias de Souza.
1-Governo dos likes? I
Bolsonaro quer acabar com a TV Brasil, chamada antes de TV do Lula e dar importância menor à “grande mídia”. Eleito sem partidos e com a má vontade da mídia tradicional, Bolsonaro parte para a comunicação direta e sem interferências. Há chances de dar certo? Na era PT a TV do Lula deu errado. Por aqui um blog foi a diversão do Confúcio, mas era inviável, mesmo com a verba oficial.
Jornalistas e veículos de comunicação não elegem e nem derrubam políticos. Jornalistas dedicam-se a separar o fato do factóide, a verdade da mentira e a parte pior: revolver a lata de lixo e espiar o que sob os tapetes.
2-Governo dos likes? II
Até Trump que usa muito as redes sociais, sofre com a guerra que abriu contra a “grande mídia”. É a grande mídia que estabelece a diferença entre informação e notícia. Muito mais que antes ao jornalista cabe apurar o que surge nas redes sociais.
Desprezar a imprensa tradicional dando-lhe o desonroso epitáfio de “origem das fakes news” é de uma arrogância e de um olhar estrábico que tende a ser ampliado, a ponto de não mais se ver o parlamento como necessário, por exemplo. Há bons e maus veículos de comunicação como há bons e maus governantes. Como há joio e trigo.
3-Ah os presidentes…
Como Jânio Quadros, o Breve, que chamei de Bossa Nova – valeu Zé Carlos Banzeiros Sá. Era o JK – Bolsonaro teve no combate à corrupção sua “pièce de résistance”. A partir daí há um fosso e algumas coincidências: as “forças ocultas” que dizem, destituíram Jânio estão visíveis, mas o Jair também não tem um programa acabado.
Só idéias bem recepcionadas que lhe deram a eleição, alguns bons nomes e o velho Brasil corrupto de sempre. Bolsonaro é tido por seguidores como Messias não só no nome e justo aqui que mora o perigo. Zé de Nana que votou no Bolsonaro fala sobre seu governo: “vassoura nova varre bem até deitar o cabelo”. Tal qual o Jânio?
4-Guerra é guerra
Começa a se formar uma linha radical para o combate ao crime organizado. O governador eleito do Rio, Wilson Witzel, o procurador do MPRJ, Marcelo Rocha Monteiro e o futuro ministro da Defesa, general Augusto Heleno querem “snipers”, ou atiradores de elite, atuando contra bandidos que circulam com fuzis e outros armamentos pesados.
Augusto Heleno relatou que snipers foram usados com êxito na Missão da ONU no Haiti em situação semelhante, contra bandidos armados. A idéia é que após um prazo para entregarem suas armas, os criminosos sejam advertidos de que estão sob a mira. Claro que não é a solução ideal, mas não dá para encarar fuzil com “ponto 40”.
5-Passando o chapéu
O PT está fazendo uma chamada de capital para quitar dívidas da campanha presidencial. O valor gasto foi de R$ 36 milhões, a receita foi de R$ 32 milhões e o buraco é de R$4 milhões.
Não vou ajudar por falta de grana, mas ofereço a saída: vários shows beneficentes com famosos como Gil, Anita, Chico, Caetano e uma peça teatral “non sense” escrita por Dilma e estrelada por Fernanda Torres e Ze de Abreu. Tudo sem Lei Rouanet. E se sobrar um trocado que tal fazer uma doação para a Santa Casa de Misericórdia de Juiz de Fora. Tapa com luva de pelica no Bolsonaro. Yes!
leoladeia@hotmail.com