Porto Velho, RONDÔNIA – Muitas citações negativas vêm sendo feitas no conjunto da obra erguida na esquina das avenidas Amazonas e Nações Unidas cujo mote político e/ou cultural é atribuído à Fundação Cultural do Município em uma suposta homenagem a soldados da borracha e seringueiros da Amazônia.
Por conta e risco do presidente da Fundação Cultural (FUNCULTURAL), o museólogo Antônio Ocampo, “a estátua será inaugurada mesmo sem a semelhança exigida pelos soldados da borracha ainda vivos, tendo à frente o líder da categoria, José Romão Grande, 96 anos”.
Romão Grande disse em entrevista a uma agência ligada a uma secretária do Município que, “não entendo do por que dessa estátua ter sido construída sem consultas a nós, verdadeiros soldados da borracha e seringueiros”. Segundo ele, “a bem da verdade, esse falso monumento não faz sentido; nem mesmo pela boa iniciativa que teve o prefeito da cidade”.
– Quero dizer que o artista e o presidente Ocampo estão viajando tanto na maionese que não querem discutir a questão dos pontos críticos da obra, afirmou o presidente do Sindicato dos Soldados da Borracha e Seringueiros da Amazônia (SINDSBOR).
Para ele, “a discórdia ou a injustiça na falta de semelhança com a figura dos soldados da borracha ou dos seringueiros nativos passada à estátua, quero dizer, não se trata de questionarmos se a arte produzida pelo escultor é a única beleza ou feiura a que chegou a FUNCULTURAL para darem aos homenageados,” arrematou Romão.
Prevalecendo a decisão do presidente da Fundação Cultural de inaugurar o monumento sem o aval dos verdadeiros soldados da borracha e seringueiros, “a história irá julgá-lo por liderar reformas consideradas absurdas e obtusas a ponto de erguer numa das praças do povo a figura de um verdadeiro Hulk estilizado”, afirmam dirigentes do SINDSBOR.
A questão final a ser dada pela categoria é levar o caso à Procuradoria Geral da República (PGR), em Brasília, em desfavor do município por vir, supostamente, “causando um desequilíbrio na mente infantil e dos adolescentes ao falsear figuras irreais da história da cidade em determinações situações forjando o bizarro como cultura nativa da Amazônia”, indicou Antônio Falcão, 86 anos, soldado da borracha do alto de sua lucidez.