Porto Velho, RONDÔNIA – Fora, praticamente, das nuances apresentadas pelo novo Plano Diretor do Município, as calçadas da cidade ainda são vistas na condição de estreitas demais e com lixo. Esse retrato remete os transeuntes às décadas de 2000-10, segundo parte dos urbanistas entrevistados por este site de notícias.
Com mais de 519 mil habitantes, com apenas 15 deles por quilômetro quadrado, a cidade teria menos de 100 ruas com calçadas dentro dos padrões nacionais. Os anônimos urbanistas e arquitetos consultados afirmam, no entanto, que, “Porto Velho não é uma megametrópole mundial, mas, por suas características físicas e geográficas, deveria ter calçadas dignas de seus contribuintes”.
– Como tal, como pode ser inserida nos níveis de uma Goiânia ou Florianópolis, como tem propalado o prefeito da cidade, ponderou um dos urbanistas consultados nesta sexta-feira, 19, nos arredores do centro da cidade.
De acordo com o que apontaram a este site, “bem poderia sê-la se, verdadeiramente, o novo Plano Diretor da cidade para o próximo decênio (2018-2028), priorizasse a infraestrutura urbana fora de projetos complexos, desiguais e de difícil execução”, acreditam eles.
Nesse contraponto, nossas personagens acreditam, ainda, que, o novo Plano Diretor do município deve na realização das oficinas previstas para as discussões de propostas saídas das comunidades (urbanas e rurais), “levantar também o número de calçadas existentes, sobretudo na área central da cidade, forçando equipes da SEMUR, SEMOB, SEMISB e da SEMPOG a se deslocar aos locais, supostamente já consolidados urbanisticamente e de grande ou média circulação de pedestres. E, igualmente, em todas as regiões Norte, Sul, Oeste e Leste da Capital”.
No final das prévias das audiências nas regiões urbanas e rurais do município, o Plano Diretor 2018-2018, para outros consultores urbanísticos ouvidos, “as calçadas de Porto Velho devem ser priorizadas, igualmente, na periferia da cidade”. Contudo, não se sabe nada a respeito do quantitativo existente; nem mesmo se houver algum levantamento para isso.
Como no resto das cidades da região Norte, as calçadas de Porto Velho, na visão do turista José Francisco Caitano Teixeira, 74, em visita ao que resta da Estrada de Ferro Madeira Mamoré (EFMM), na manhã desta sexta 19, “não seguiriam um padrão de qualidade indicado pela Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) e, por consequência, se acha inúmeros e grandes contrastes a cada rua”.
– Seja no Centro Antigo, seja na periferia menos populosa, afirmaram.
Numa rápida verificação, nessa manhã, partindo das avenidas Farquar, Rogério Weber e Sete de Setembro, nos arredores do prédio do Relógio e da Praça do Baú até ao antigo Palácio Presidente Vargas, “o que se vê são calçadas estreitas, recheada de lixo por todo o lado e nenhuma delas ampliadas na atual gestão”, atestam transeuntes.
Calçadas sem rampas adaptadas (danificadas e inexistentes) ao longo das avenidas Almirante Barroso, Presidente Dutra, Carlos Gomes, Pinheiro Machado, Abunã e Calama e nas ruas José de Alencar, Henrique Dias, o que se vê in loco é a falta de acessibilidade a cadeirantes, deficientes visuais e obesos, impossibilitados de se locomover, facilmente, nas vias centrais da cidade.
– É risível se vê, além das rampas inexistentes e outras quebradas, é o grande número de restos de mobiliários (móveis, cascos de geladeiras, monturos de lixo em resíduo sólido) próximos a monumentos, prédios públicos, bancos e escritórios, atrapalhando a mobilidade das pessoas, denuncia Orismar Alves, 64 anos.