Empresas de diversos setores do Brasil e América Latina estão cada vez mais vulneráveis e suscetíveis a ataques cibernéticos na internet. E uma das áreas que mais tem sofrido esses ciberataques é, sem dúvidas, a área da aviação.
Até mesmo a LATAM sofreu recentemente um desvio de dados de seu programa de fidelidade, o Latam Pass, onde milhares de clientes foram prejudicados com o vazamento de dados, de acordo com a multinacional Sita (empresa prestadora de serviços para a companhia aérea).
Mas porque essas e outras empresas brasileiras se tornam alvos tão fáceis de hackers, quando deveriam estar isentas deste tipo de ataque? Será que não existe investimento suficiente por parte de tais multinacionais no setor de cibersegurança? Sobre isso falaremos aqui no artigo.
Empresas de aviação e vazamentos de dados
É imprescindível que as empresas de aviação detectem ataques de grandes proporções antes dos mesmos acontecerem. Na verdade, toda essa medida de proteção é importante, até mesmo porque os clientes fazem várias buscas em sites no intuito de descobrir como conseguir voo barato. E, com isso, muitos enviam dados e os deixam expostos a ataques de hackers.
Alguns dados alarmantes:
- Mais de 50% de empresas e holdings localizadas na América Latina sofreram algum tipo de invasão virtual nos últimos 3 anos, segundo pesquisas.
- Tal aumento se deve à aceleração digital que vemos, o que faz com a exposição seja bem maior.
- Empresas de TI acabaram por sacrificar um pouco a segurança na intenção de manter a produtividade de certos setores em alta.
E como as empresas podem se recuperar a longo prazo de ataques cibernéticos como os sofrido pela Latam? O que acontece é que determinadas empresas não são capazes de descobrir os ataques de imediato, e podem levar até 6 meses para processarem todo o problema. Muitos destes ataques, na verdade, passam despercebidos pelas companhias.

A LGPD (Lei Geral de Proteção de Dados) está em vigor desde setembro de 2023. Tal lei determina que as empresas brasileiras avisem aos consumidores a respeito de vazamentos ou quaisquer outros tipos de ataques na segurança e proteção dos dados pessoais de clientes. Ou seja, mesmo que determinado cliente não tenha sido diretamente afetado, é necessário que a empresa avise de imediato o que ocorreu para que o consumidor tenha o poder de decidir o que fazer mediante tal informação.
O maior problema existente neste tipo de ataque é que os dados dos clientes podem ser diretamente modificados pelos hackers, que fazem uma série de cruzamento de informações e adulteram dados antigos. Criar novas contas com falsos CNPJs é o tipo de crime mais comum quando se trata de falsificação de dados e compras de passagens aéreas, por exemplo.
Outras áreas bastante críticas no que diz respeito à segurança são:
- Saúde
- Financeira
- Comercial
A segurança dos aplicativos seria um passo importante na tentativa de se coibir tais ataques, além de uma implementação forte na autenticação das redes de tecnologia da informação.
Se esses e outros cuidados forem tomados, certamente teremos menos ataques cibernéticos e um maior controle no vazamento de dados pessoais dos clientes.