Reação imediata de alguns membros da extrema direita de Rondônia após operação da Polícia Federal (PF) que ocasionou na apreensão do passaporte do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), nesta quinta-feira (08). O documento estava no escritório do ex-presidente na sede do PL, em Brasília, onde os agentes cumpriam um mandado de busca e apreensão.
Senadores e deputados usaram as redes sociais para se manifestar. A grande maioria direcionou seus posicionamentos em ‘solidariedade’ ao ex-presidente. No Senado, destaque para Marcos Rogério (PL) e Jaime Bagattoli (PL). Na Câmara, pouca manifestação com foco apenas no deputado Coronel Chrisóstomo (PL).
Marcos Rogério escreveu que “ninguém está acima da lei, nem mesmo Alexandre de Moraes”. “Defendemos uma investigação justa e imparcial, dentro dos limites da lei. E não é o que vemos hoje. Temos um processo parcial, com documentos requentados, conduzido por um juiz que ao mesmo tempo é vítima e também responsável por conduzir inquérito de investigação. É a falência do devido processo legal!”, completou.
Já o senador Jaime Bagattoli declarou: “Minha solidariedade ao Jair Bolsonaro pela ação de hoje. Curioso que isso ocorra no momento que ele vem sendo recebido por multidões país afora. Decisões como essa são questionáveis, mas acredito que a justiça se voltará ao que é certo. Que Deus proteja o nosso capitão e a direita brasileira”.
“Diante dos eventos recentes, quero reafirmar aqui o meu apoio ao presidente Jair Bolsonaro, ao presidente do PL, Valdemar Costa Neto, e a todos os afetados pela ação de hoje. Ainda acredito que a justiça se voltará ao que é certo e reconhecerá os direitos de todos. Que Deus continue protegendo o nosso presidente”, acrescentou o senador.
Outro membro importante da extrema direita em Rondônia, o deputado Coronel Chrisóstomo (PL) declarou que “querem a todo custo prender Bolsonaro e fechar o PL”. O parlamentar acrescentou e concluiu: “Após uma linda demonstração de apoio popular, Bolsonaro e aliados são mais uma vez alvo de mandatos. Além de Bolsonaro, Valdemar da Costa Neto também é alvo de ação da polícia. O objetivo é claro: liquidar a direita brasileira. Querem prender Bolsonaro a todo custo e fechar o PL, maior partido conservador do Brasil”.
O News Rondônia monitorou os perfis de outros políticos de direita como do governador Marcos Rocha (UB) e dos deputados federais Fernando Máximo (UB), Silvia Cristina (PL) e Cristiane Lopes (UB), e até a publicação desta matéria não havia menções à operação e nem ao ex-presidente Bolsonaro.
A BUSCA DA PF
A PF investiga uma tentativa de golpe de Estado para manter Bolsonaro no poder por meio de uma minuta golpista que previa a prisão dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes e Alexandre de Moraes, além do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), rondoniense, senador por Minas Gerais.
Na busca, a Polícia Federal encontrou um vídeo da reunião em um computador apreendido na casa do ex-ajudante de ordens, Mauro Cid. Estavam presentes no encontro Jair Bolsonaro (então presidente da República), Anderson Torres (então ministro da Justiça), Augusto Heleno (então ministro do Gabinete de Segurança Institucional), Paulo Sérgio Nogueira (então ministro da Defesa), Mário Fernandes (então servidor da Secretaria-Geral da Presidência), Walter Braga Netto (candidato a vice na chapa de Bolsonaro).
Esta reunião ficou marcada por explicitar a organização do clã bolsonarista para criar estratégias para deslegitimar a eleição do presidente Lula e enfraquecer o sistema eleitoral e as urnas eletrônicas.