Os últimos meses vêm se mostrando decisivos para o futuro do Planeta Terra. No que diz respeito ao meio ambiente, fenômenos naturais associados com a interferência humana se somam, evidenciando verdadeiras catástrofes.
No Brasil e em países que detém parte da Amazônia, o EL Niño nunca esteve tão avassalador com em 2023. As grandes correntes d’água, simplesmente foram evaporadas. Animais como botos morrem de calor por conta do aumento na temperatura d’água.

Com relação aos habitantes da Região Norte, o Governo Federal por meio do Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima, fala em 500 mil afetados, em uma soma conjunta entre os estados de Rondônia, Acre e Amazonas. Mas o que de fato estaria acontecendo na Amazônia?

Ainda em fase de estudos, parte da pergunta começa a ser desvendada. O que se sabe é que o EL Niño, não pode responder sozinho por toda a culpa. A afirmação é do pesquisador em Geografia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), coordenador executivo do Instituto Virtual Internacional de Mudanças Globais (Ivig), do Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós-Graduação e Pesquisa em Engenharia (Coppe), vinculado à UFRJ, integrante do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC), no âmbito da Organização das Nações Unidas (ONU), Marcos Freitas.
O estudioso, confirma, a seca que trouxe, no início desta semana um dos menores índices pluviométricos do Rio Negro, em 123 anos de pesquisa, não pode ter o EL Niño somente como responsável. O mais provável é que a estiagem tenha ligação direta com o aquecimento global.
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O pesquisador, que acompanha os fenômenos em torno do Rio Negro, desde 2010, quando o curso d’água também revelou o seu pior índice, ficando em 13,36, questiona o fato de as chuvas na região do Rio Negro, não serem formadas pelos deslocamentos de massas de ar do Oceano Pacífico, mas em verdade do Oceano Atlântico. “O que a gente observa é que o clima, na região do Rio Negro, sofre forte influência das massas de ar que chegam do Oceano Atlântico. É possível correlacionar sim essa seca com as mudanças climáticas”, confirmou ele em entrevista ao site da Agência Brasil. A reportagem pode ser lida na integra clicando aqui.