Os senadores de Rondônia Marcos Rogério (PL) e Jaime Bagattoli (PL) foram um dos 24 senadores de oposição que votaram nesta terça-feira (24) a favor de uma emenda do Senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) ao PL 5.384/2020, que pedia o fim das cotas raciais e para pessoas com deficiência em institutos e universidades federais do País.
O dispositivo analisado no Senado Federal foi rejeitado por 46 senadores. Os parlamentares estavam analisando a atualização da Lei das Cotadas, em vigor no Brasil desde 2012. Pela emenda proposta por Flávio Bolsonaro, filho do ex-presidente Jair Bolsonaro, “apenas alunos de baixa renda teriam direito de ingressar nos cursos de graduação por meio da regra das cotas”.
“Então, não dá nem para falar se está tendo resultado efetivo ou não, porque as instituições que têm autonomia não produzem esse acompanhamento. A gente não sabe. O que chega até nós, de uma forma quase empírica, é que a evasão é gigantesca. E isso não se dá em função da cor da pele das pessoas; se dá em função da situação socioeconômica desse estudante”, disse Flávio completando: “Portanto, ninguém aqui está questionando que a lei de cotas é algo ruim. O que se está questionando é que a gente não pode criar um apartheid para aquelas pessoas que não têm a pele negra ou não possuem uma deficiência e que, às vezes, moram na mesma favela, estudaram na mesma escola pública; e um tem a possibilidade de acesso aumentada, e o outro não. O porquê dessa distinção?”.
Na semana passada, via Twitter, Marcos Rogério anunciou que votou contrário ao projeto que estava tramitando na CCJ do Senado da mesma competência. “Essa semana, foi aprovado um projeto na CCJ do Senado com a inclusão de quilombolas, além dos autodeclarados pretos, pardos, indígenas e pessoas com deficiência na disputa preferencial por vagas nas universidades do país. O meu voto, é claro, foi contra”, declarou.