A pressão, contra o governo boliviano, começou na segunda-feira, (25) com a fronteira que liga o Brasil pela cidade de Guajará-Mirim (RO) fechada para qualquer atividade entre os dois países.
Bolivianos que vivem no departamento (estado) do Beni, na divisa com Rondônia, estão irredutíveis, após, o governo boliviano apontar ‘exigências no projeto, que prevê a construção da ponte binacional ligando as cidades de Guajará-Mirim e Guayaramerin. O empreendimento ainda é parte da compensação feita em 1903, com a assinatura do Tratado de Petrópolis.
Na segunda mesmo, cinco ministros de Estado, estiveram reunidos com entidades Pró-Ponte binacional, em Guayaramerín. Cinco horas de encontro e muita discursão, o resultado não agradou os moradores desta parte do país. Eles, exigem que o governo federal da Bolívia aborte as exigências impostas no projeto ao Brasil. Bolivianos em Trinidad, capital do Beni, também aprofundam a paralisação. Fontes acreditam em revanche político.
Sem resolução naquele momento, os ministros de Estado acabaram impedidos pelos manifestantes de deixar o local da reunião. Nos arredores do Porto Oficial da Aduana, uma multidão se formou na rua. Em coro, todos gritavam: “queremos ponte”. Com cenário, a polícia precisou intervir para acalmar os ânimos, tentando negociar a saída dos representantes. Do lado de fora, os manifestantes queimavam pneus.
Passava das 2h da manhã, desta terça-feira, quando os ministros foram liberados da sede do Comitê Cívico de Guayaramerin. A população, exige que o governo boliviano aborte as observações técnicas apontadas no projeto da ponte sobre o rio Mamoré ao governo brasileiro. Exigências impostas no projeto pela Bolívia. Entre as exigências pelo governo boliviano, estão que o projeto “esteja relacionado com a configuração do (comboio e as condições de localização) da ponte de comando, garantindo uma linha de visão adequada. Que seja adotada uma margem de segurança de 2 m com folga vertical de 19,50 m”.
O documento é assinado por autoridades e o vice-ministro dos Transportes da Bolívia Wilfredo Gutiérrez. Nas condicionantes, apontadas pelo governo andino, o projeto, caso tome a sua proposta original, poderia constituirse em um obstáculo para a navegação. Foi sugerido que a ele se inclua uma folga de navegaçao de até 160,00 m em horizontal e 19,50 m no sentido vertical. A construção da ponte binacional foi incluída no Plano de Aceleração do Crescimento (PAC) do governo Lula, com financiamento próprio do governo brasileiro. Com informações da página Soy de Guayaramerin.