A divisa entre os estados de Rondônia e o Amazonas é apontada como um setor de grande concentração do desmatamento da Floresta Amazônica. O epicentro abrange a AMACRO. A sigla, compõe os nomes dos estados do Amazonas, Acre e Rondônia.
Em 2023, o leste do Acre acenou com redução no número de desmatamento. Nos quatro primeiros meses, a federação contabilizou apenas18 km².
Isso não deixa isento os estados de Rondônia e o Amazonas. Este último, concentra o desmatamento ao sul na divisa com o estado rondoniense. O Instituto do Homem e do Meio Ambiente da Amazônia (Imazon) periodicamente divulga alertas mostrando o agravo da situação.

A pesquisadora do Imazon, Bianca Santos, esclarece o problema, inclusive destacando o “avanço do desmatamento no sul amazonense, na região de divisa com os estados do Acre e Rondônia, conhecida como AMACRO, onde atualmente existe uma forte pressão pela expansão agropecuária. São necessárias medidas urgentes de fiscalização e destinação de terras públicas no local para evitar novas derrubadas, como infelizmente estamos vendo todos os meses”.

Detentora de uma área de 454.202 km², a AMACRO concentra 32 municípios e quase 2 milhões de habitantes. Abrange o sul do Amazonas, leste do Acre e noroeste de Rondônia.

A região, segundo a Superintendência de Desenvolvimento da Amazônia (Sudam) é apontada em estudo como forte apelo para o desenvolvimento, mas infelizmente flerta com os crimes ambientais em detrimento da derrubada de floresta para a criação de gado. Ainda de acordo com o órgão, existe um planejamento visando estimular ações de cunho econômico na região.