Indígenas de Rondônia estão seguindo o movimento nacional de protestos contra o Marco Temporal. O assunto entrou em pauta no julgamento do Supremo Tribunal Federal (STF) nesta quarta-feira (07). Em Ji-Paraná as atividades tiveram início na tarde de hoje.
Com faixas em mãos, proferindo palavras de ordens, eles pedem respeito. “Ainda existem povos indígenas isolados, sem contato, que lutam por sua demarcação de território. Esse PL que está sendo votado, vem ferir com as nossas lutas. Isso não aceitamos até porque ainda a sociedade brasileira não pediu desculpas, não pediu perdão aos povos indígenas que luta sempre para garantir o seu espaço no território”, disse um líder durante o movimento.
No julgamento de hoje, os ministros discutem o chamado marco temporal que pela tese, defendida por proprietários de terras, os indígenas somente teriam direito às terras que estavam em sua posse no dia 5 de outubro de 1988, data da promulgação da Constituição Federal, ou que estavam em disputa judicial na época.
Vale lembrar que o julgamento no STF foi suspenso em setembro de 2021, após pedido de vista do ministro Alexandre de Moraes. O placar do julgamento está empatado em 1 a 1. O ministro Edson Fachin votou contra a tese, e Nunes Marques se manifestou a favor.