“Os entrevistados falaram muito palavrão. Por isso, falo com tanta certeza que o desinteresse pela eleição não vem de uma letargia, é indignação”.– Mauro Paulino, do Datafolha, contando bastidores da pesquisa.
1-Onda otimista
O eleitor do Bolsonaro está tão otimista que fala em vencer no primeiro turno. Quem se apaixona por ideias, vê numa frase um programa de governo e embarca com Lula ou Bolsonaro como faz um torcedor, ainda que o time seja o Ibis. Para o apaixonado não há jogo político ou de futebol.
A eleição é ganha antes, contra todos adversários e a partida idem contra qualquer time. No caso do PT é eleição ganha e sem candidato. A paixão e razão não andam de mãos dadas. E lá podem ir mais quatro anos pro ralo.
2-Onda pessimista
Onda pessimista no bunker do Bolsonaro: “vai ser atacado pela artilharia de Alckmin, a cavalaria de Ciro e a infantaria de Marina.” Para escapar dos três saída são as redes sociais e a justiça eleitoral. O fogo será do Alckmin para desconstruir com seus mais de 5 minutos de TV o Bolsonaro, com 8 segundos.
Como o bolsonarista é torcedor fiel, ele terá que, além de aguentar o fogo, ampliar a quantidade de apoios – o que não se viu até agora – para um eventual segundo turno. Uma pedreira também para o Alckmin que precisa dobrar a quantidade de votos e virar a casaca dos bolsonaristas.
3-Algo de novo no ar
Quem tem acesso às ideias do João Amoedo do Partido Novo está comparando com as dos adversários e reposicionando a intenção de voto.
O Antgonista informa que na pesquisa espontânea feita pelo banco BTG Pactual, ele aparece com 3% de votos, atrás de Lula, com 26%, e Jair Bolsonaro, com 19% e bate Geraldo Alckmin, Marina Silva e Ciro Gomes, todos eles com 2%. Um novo Hildon?
4-Outro pepino para o Facebook
O Facebook vive a cada dia uma nova agonia. Missão da ONU criticou o Facebook por não impedir a difusão do ódio pelo regime de Mianmar contra a minoria rohingya.
Aì o “Face” baniu os perfis do comandante-chefe do Exército Mianmar e auxiliares e disse que a violência – para a ONU é genocídio – em Mianmar é “horrível”. “O papel da rede social é significativo e o Facebook tem sido instrumento útil para aqueles que queiram difundir um discurso de ódio”. O Face se deu um “jeitinho” mas o estrago estava feito.
5-“…seu nome no SPC…”
A ideia pode ter sido mal vendida, mas é viável, factível e não custa muito. É o tipo da ação que o povo gosta e pode entrar no rol de bondades de qualquer candidato.
Ciro Gomes ao ver que é tão relevante para o pobre quanto o bolsa-família, criou a marca: “Nome Limpo”. Aí o PT tentou pegar carona. Postou e depois apagou um projeto para “tirar o nome dos brasileiros do SPC”. Ciro aproveitou a deixa e criou um slogan para reforçar a ideia “Faça como os outros candidatos. Siga o Ciro”. Uma senhora tacada…