Por redação
Nas últimas duas semanas explodiram denúncias de precariedade em relação à Universidade Federal de Rondônia (UNIR). As entidades representativas se reuniram em duas plenárias unificadas para debater sobre os problemas estruturais da Universidade, buscar soluções e se pronunciar publicamente. A Nota, assinada pela Associação dos Docentes da Universidade Federal de Rondônia (ADUNIR), O Diretório Central dos Estudantes da Universidade Federal de Rondônia (DCE/UNIR) e o Sindicato dos Trabalhadores em Educação da Universidade Federal de Rondônia (SINTUNIR) denuncia a atual situação de precariedade estrutural e risco à integridade física dos membros da comunidade acadêmica.
Entre as questões denunciadas, estão as péssimas condições de trabalho e ensino e a prática de todo os tipos de assédio existentes. Segundo a nota conjunta, "O campus de Porto Velho está sucateado, abandonado, sem condições adequadas de trabalho. Faltam condições mínimas, como papel higiênico, sabão e descargas nos banheiros (os banheiros estão sem condições de uso); produtos básicos nos laboratórios; ar condicionados funcionando nas salas (quebrados ou sem manutenção); iluminação (salas de aula, corredores e banheiros sem lâmpadas); entre tantos pequenos problemas, fáceis de serem resolvidos para proporcionar um ambiente digno. Há problemas com a rede de água e energia que há tempos não possuem manutenção e reformas, o que resultou na suspensão de aulas nos últimos semestres letivos. E o mais grave: Há muitos cursos sem sala de aula para estudar".
Professores, estudantes e técnicos ainda denunciam que "Os estudantes conquistaram com muita luta (greve de 2011) a construção do Restaurante Universitário. Depois de mais de 10 anos, está pronto, mas sem funcionamento, enquanto os estudantes pagam valores absurdos num prato de comida. Todo semestre se promete o RU e até hoje, nada! Cantina fechada para uma reforma eterna, pequenas lanchonetes nos corredores, moscas tomando conta do ambiente. Nas plenárias, se denunciou a invasão das moscas, pernilongos, cocô de gato (dezenas deles no campus) e outras situações de insalubridade que resultam em péssimas condições sanitárias tanto para os servidores técnicos, que precisam ficar o dia todo no campus, quanto aos estudantes e professores. A situação do campus é de completo abandono".
Além dos problemas elencados, a falta de transparência pública por parte da atual reitora Marcele Pereira e seu vice-reitor Juliano Cedaro, também são denunciados. As entidades representativas questionam: "Por qual motivo se gastou quase 2 milhões de reais com CAMINHONETES quando falta o básico, enquanto não se tem iluminação e trancas nas portas e nos banheiros para garantir a segurança?".
Sobre as denúncias de assédio, as entidades representativas, além de apontar a facilidade com que os assediadores agem por conta da própria questão de infraestrutura, denuncia ainda, a seletividade de processos administrativos quando a reitoria da UNIR não apura as denúncias de assédio moral e protege assediadores. A íntegra da Nota conjunta pode ser lida aqui.