Autor: Emerson Barbosa
Passados dois meses do desabamento da ponte do Rio Curuçá, na altura do KM 25, da Br-319, rodovia que liga Rondônia ao Amazonas, o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) se quer tem em mãos o laudo que aponta a causa do acidente.
Foto: Gilson Mello
Como não bastasse o transtorno para milhares de moradores que dependem do acesso para se locomoverem, e principalmente dos familiares das quatro pessoas que morreram no desabamento, além de uma vítima que continua desaparecida, o representante do órgão, Luciano Moreira de Souza Filho disse em reunião, nesta segunda-feira, (01) com deputados, na Assembleia Legislativa do Amazonas, que o órgão ainda não conta com o laudo técnico que poderá comprovar as reais causas.
O chefe da pasta também afirmou que seria precipitado apontar culpados antes da conclusão das investigações. Também informou, que o órgão desde o acidente tem “feito uma apuração ‘independente’.
“Com base no laudo técnico um processo administrativo será instaurado para apurar os possíveis responsáveis”.
A investigação é bastante aguardada, pois só após a conclusão dela é que a instituição poderá trabalhar para construir novamente a estrutura. No entanto, segundo o Dnit, duas empresas atuam no local, mas somente a ponte do Rio Curuçá conta com um anteprojeto.
É que próximo ao trecho que ocorreu o desastre no dia 28 de setembro, houve também a queda da ponte do Rio Autaz Mirim. A reconstrução das obras é orçada em R$ 85 milhões. O orçamento milionário acabou sendo motivo de questionamento por um deputado que colocou em xeque a qualidade do material usado pelas construtoras.
O parlamentar levanta dúvidas quanto a falha de quem deveria fiscalizar a construção. “Grande volume de recurso para pouca qualidade nos serviços”, explicou o deputado Wilker Barreto (Cidadania).
Na reunião, o presidente do Conselho Regional de Engenharia do Amazonas reagiu, afirmando que parte da manutenção da Br-319 que hoje é a cargo do Dnit de Rondônia deve voltar a ser de responsabilidade do estado. Ele pediu a colaboração dos parlamentares para que a atuação volte a ser dos amazonenses. Com informações do site A Crítica.