Saudade de ouvir o Sílvio Luís na velha e boa Bandeirantes TV. Silvio Luís na narração e Flávio Prado, nos comentários, eram bem diferentes do que hoje estão aí. Humor, e diversão eram as pitadas de cada jogo narrado. Lembro até hoje, que ficava a semana toda esperando os jogos de domingo transmitidos do Calccio Italiano.
Para muitos, narradores como Sílvio Luís estão em verdadeira extinção, e, os velhos jargões até hoje sobrevivem na memória do torcedor. Poucos ainda arriscam fazer aquele show de antes que eram antigas transmissões.
Quem ainda não se lembra do famoso e histriônico: “Pelas barbas do profeta! ”, ou então: “pelo amor de meus filhinhos! ”. Também tinha o famoso: “Humilha ele. Humilha ele!!”, ou então: “enfiou a caneta nele!! No meio do estojo, entre o lápis, é o apontador”.
Nos jogos mais belos daqueles tempos grandes clássicos entre Napoli e Milan, eram narrados, e jogadores na época recebiam até nomes mudados, Careca era o Don Careconi. Sílvio Santos era inovador, e com grande carisma. Voz de barítono, narrava, como ele diz sem precisar gritar. Narrar para ele é usar as palavras e a entonação correta.
Os jingles e a sonoras que faziam parte também e tinham excelentes sacadas. Coisa que jamais poderá ser visto, nem ouvido, infelizmente, pois até o “chamado politicamente correto” não poderia mais caber nestes novos tempos.
Como gosta de se definir um “Legendador de imagens”, e que não é um narrador para cegos, e que nunca precisou narrar um gol, porque acha que as imagens já estão ali para você ver. O que ele dá para o público é uma explicação do que já está acontecendo. “Futebol é um show, e não preciso dizer e nem contar a jogada. Repetir? Eu preciso é só legendar o que estou vendo. No gol, não preciso gritar gol. Eu tenho que contar isso sempre de uma forma maravilhosa”, comenta o cronista, mais rememorado do país.