Autor: Emerson Barbosa
Após cinco dias em que o corpo da diretora da 15ª Vara do Tribunal Regional do Trabalho do Amazonas (TRT-AM/RR) Silvanilde Ferreira Veiga, 58 anos foi encontrado dentro do apartamento dela, localizado em um condômino de luxo na Ponta Negra, em Manaus, a investigação para localizar um possível criminoso caminha a passos lentos.
A DelegaciaEspecializada em Homicídios e Sequestros (DEHS), zona leste de Manaus tem trabalhado de forma cautelosa. “Silvanilde era o tipo de pessoa reservada, que mantinha um circulo de amizade pequeno”, explicou a delegada Marília Campelo que trata o episódio como um feminicídio.
Sem muitas pistas deixadas pelo autor (a) do homicídio, a investigação tem fofocado nos depoimentos das pessoas que eram mais próximas, ao todo dez já foram ouvidos. Um detalhe revelado durante uma entrevista de rádio pelo delegado, Ricardo Cunha, que inclusive pode dificultar um pouco da apuração, estaria na falta de câmeras de segurança no hall de acesso ao apartamento da servidora. O imóvel não apresentava sinais de arrombamento, assim como o corpo de violência física.
Porém, um avanço na investigação pode acontecer com a liberação do exame de sangue pelo Instituto Médico Legal (IML), dele poderá ser confirmado o horário em que Silvanilde foi morta, o que para a polícia é uma peça fundamental para dar prosseguimento ao quebra-cabeça. O telefone celular da servidora seria outra peça chave, mas, o aparelho até o momento não foi encontrado.
delegado Ricardo Cunha
O corpo de Silvanilde Ferreira Veiga foi achado no sábado (21) com diversos golpes feito a faca, todos na região do pescoço. Segundo a filha que foi quem a encontrou já morta, a nutricionista Stephanie Veiga que estava acompanhada do namorado, a funcionária pública estaria de bruços envolta de uma poça de sangue.
Stephanie disse em depoimento que tentou contato com a mãe por volta das 22 horas, mas como ela não respondeu resolveu ir até o apartamento no condomínio Gran Vista, Zona Oeste de Manaus. Antes havia ligado para o porteiro que informou ter ido ao local, mas ninguém atendeu.
Silvanilde Ferreira Veiga trabalhava no Tribunal Regional do Trabalho (TRT-AM/RR) desde janeiro de 1991. Em nota, o órgão declarou que ela começou como técnico judiciário, setor administrativo, e que em 2007 havia ocupado a função de diretora de secretaria da 15ª Vara do Trabalho de Manaus. Ao contrário do que foi informado, o corpo da servidora foi sepultado na terça-feira (24), em Manaus no Cemitério Recanto da Paz.