Autor: Emerson Barbosa
O senador Márcio Bittar (União Brasil) criou Projeto de Lei n° 3735, de 2021(PL) que expõe o nome do ex-governador do Acre Wanderley Dantas (1982) como candidato ao batismo da Ponte do Rio Madeira, localizada no distrito de Porto Velho Abunã, em Rondônia. O PL tem como relator o senador de Rondônia Confúcio Moura (MDB).
Bittar tenta convencer os pares para o nome do ex-governador acreano Wanderlei Dantas, nascido em Porto Acre no ano de 1932. Segundo ele, Dantas teria participado na campanha de transformação do então território do Acre em estado, chegando no mesmo ano a suplência de deputado federal pelo novo estado.
Em 70, aos 38 anos, Wanderley foi indicado pelo presidente da República, general Emílio Garrastazu Médici, sendo eleito governador do Acre pela Assembleia Legislativa do seu estado. Também foi suplente ao cargo de senador pelo Arena. Wanderley Dantas morreu em 24 de maio de 1982 em Brasília.
Também disputa ao páreo, o Projeto de Lei de Autoria do deputado federal Mauro Nazif (PSB) que acredita que o nome mais apropriado seja o de Dom Moacyr Grechi, figura que contabiliza a integração de Rondônia e Acre, após assumir o bispado nos dois estados a frente da Igreja Católica Apostólica de Roma. Além disso, Grech é considerado uma das figuras mais importantes para a união dos povos da Amazônia por meio da religiosidade e dos trabalhos sociais.
Dom Moacyr Grech morreu no dia 17 de junho de 2019 em Porto Velho cumpriu seus últimos momentos como arcebispo emérito, após ter o pedido de renúncia aceito na época pelo papa Bento XVI por motivo de idade e complicações acerca da saúde já bastante debilitada.
Durante os anos de 1972 a 1998 foi bispo de Rio Branco Acre. Respeitado pela igreja, pelos mais necessitados e políticos, Dom Moacyr sempre esteve à frente das causas humanitárias e tinha como lema: “o último de todos e o servo de todos”.
O religioso esteve à frente da criação do Conselho Indigenistas Missionário (Cimi) e da Comissão da Pastoral da Terra (CPT) e Comissão de Justiça e Paz (CJP). Dom Moacyr também foi responsável pela criação da Faculdade Católica de Rondônia. Morreu deixando em ambos os estados um legado de fé, humildade com o próximo e de amor pelos povos indígenas da Amazônia Ocidental.