Anderson Nascimento
Coluna Direto da Redação
DRT/RO 2049
Desde o retorno das aulas presenciais na capital Rondoniense, um fato típico tem causado uma atmosfera de vulnerabilidade e medo aos estudantes e profissionais da educação — a violência escolar.
Em um espaço de dois meses, a escola que é vista como um centro de formação intelectual e aprendizagem, transformou-se em um verdadeiro octógono de luta livre. O desrespeito nas instituições ganhou destaque na mídia local, inclusive com a divulgação em massa de fotos e vídeos nas redes sociais.
O linchamento virtual dessas vítimas e autores das agressões podem acarretar no desenvolvimento de doença mental, depressão, dificuldades de aprendizagem, agressividade e evasão escolar.
Foto: Reprodução / Ilustração Newsrondonia
Um outro fator que preocupa é em relação ao ambiente familiar. Esses adolescentes e jovens costumeiramente presenciam discussões familiares e tem que suportar a ausência de afeto e a figura dos pais. Em razão disto, ao serem expostos em qualquer cenário de stress, a única forma de reação é reproduzir o uso da força e intimidação no ambiente escolar, sendo assim quase que um reflexo absoluto.
Lamentavelmente, em nossa capital, muitos professores resolveram abrir mão do exercício da função por questões de segurança. Outros, até foram submetidos a tratamentos psicológicos ininterruptos.
Um censo relativo à evasão escolar dos últimos três anos aponta uma média de 3,4% de distanciamento de alunos das escolas, é o que aponta a prefeitura de Porto Velho. O número pode ser relativamente baixo, porém foi este que preocupou a Secretaria Municipal de Educação a realizar o programa "Busca Ativa Escolar", que tem como objetivo combater essa evasão.
É preciso que no ambiente familiar, os eletrônicos entrem no modo de repouso para despertar o ambiente de harmonia e o diálogo flua livremente. Com isso, haja conscientização de ambas as partes, excluindo de vez qualquer caos.