Arrastada entre as rodas de uma carreta bitrem com placa de Vilhena (RO), no final da tarde da última segunda-feira, (8), Amélia Nogueira da Costa, 42 anos perdeu a vida instantemente e os sonhos. A cena chamou atenção de curiosos, provocou congestionamento fechando metade da pista em que o episódio aconteceu, causou comoção.
Amélia seguia no sentido centro, na rotatória de quem vai para Candeias do Jamari ela foi surpreendida pela carreta que trafegada acima da velocidade estabelecida.
A morte como muitos anunciaram não foi uma fatalidade, mas um descaso que das autoridades locais que insistem fechar os olhos para os problemas solucionáveis do trânsito mortal de Porto Velho. O Acadêmico Uiliam Faria disse: “Lamentável a mulher perder a vida nesse acidente. Estava passando bem na hora. Triste! Que Deus conforte toda a sua família”.
Além de vítima, Amélia tornou-se mais um número entre tantos causados por acidente envolvendo veículos de grande porte no famigerado trânsito da capital de Rondônia.
No mesmo local, dezenas deles já foram registrados num curto espaço. “Eles estão nos registros policiais, nas estatísticas que só crescem, ano após ano, mas infelizmente nada é feito para solucionar o problema”, recorda um morador.
Uma volta pelas ruas de Porto Velho é o bastante para revelar o motivo de tantas tragédias. Falta sinalização nas vias, faixas para pedestres. Quando elas existem estão apagadas. Não tem passarelas onde já deveriam existir, semáforos, redutor de velocidade. Além do principal, o respeito por parte dos condutores. "A maioria dos motoristas não respeitam," lamenta o morador Simeão Santos.
Inúmeras manifestações já ocorreram por conta de acidentes com vítimas fatais na mesma região em que Amélia perdeu fatidicamente a vida. “Me pergunto, onde estaria o governador, o prefeito, os vereadores, os deputados, e até os órgãos de justiça? Esse povo precisa acordar e fazer por merecer cada voto, ou nem mesmo as tragédias são suficientes para despertar nessas pessoas o trabalho para o qual foram designados?”, revolta uma moradora.
Caso essa comoção não desperte as autoridades, mortes como a de Amélia Nogueira da Costa continuará ocorrendo sem nenhuma solução, deixando nas famílias um luto e uma dor eterna onde a culpa será sempre da vítima e nunca de quem causou o acidente.