MANAUS/AM – São inúmeras as razões adversas que esclareçam as causas de tombamentos de caminhões em vias urbanas, rodovias estaduais e federais pelo País. No Sul do Amazonas, a BR-319 lideraria o ranking de alguns dos casos mais comuns de acidentes com cargas espalhadas pelas pistas de acesso a pontes.
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Com características de via de alta rolagem, a BR-319 tem sido notícia de vários tombamentos de carretas transportando, principalmente, de veículos longos transportando soja, madeira, óleos e gêneros alimentícios, o que causa grande preocupação a motoristas, transportadoras e à população que margeiam a rodovia.
A carreta que transportava soja do Cone do Sul de Rondônia, na quarta-feira (19), suscitou dúvidas quanto ao suposto mau estado de conservação da pista de acesso ao ponto da ocorrência na cabeceira da ponte sobre o Rio Madeira. Além da falta de iluminação plena e ausência de câmeras para registros de vídeos e fotos ao longo do percurso.
No acidente, ao menos 50 toneladas de soja foram espalhadas do trecho do acidente, na parte direita da ponte no rumo de Humaitá a uma via alternativa dar acesso ao entreposto de uma distribuidora e ‘envase’ de gás butano (cozinha), sediada na Zona Franca de Manaus (ZFM). Não é a primeira que cargas são espalhadas em tombamentos.
– Não ocorreu saque da carga, informaram testemunhas do episódio.
Conforme o consultor Roberto Lemes Soares, os tombamentos de veículos longos com carga normal e/ou em excesso, ‘não ocorrem apenas na BR-319’. Na região, também, há registros de caminhão bitrem, inclusive, com motoristas saindo ilesos dos acidentes com vazamentos de combustível, etanol e produtos químicos.
Na opinião de um grupo de servidores aposentados do extinto Departamento Nacional de Estradas e Rodagem (DNER), em Manaus, ‘para quem viu a BR-319 toda pavimentada, não estranha os problemas começados nos anos 90 nessa rodovia federal’. Segundo disseram, ‘nossas estradas em todo o País sempre deixa a desejar’. Principalmente quanto à falta de inclinação nenhuma nas curvas de menos de 180 graus que, ‘são, certamente, a via para evitar esse tipo de acidente com carretas e caminhões’.
O Jornalismo do NEWS RONDÔNIA ouviu, ainda, setores que avaliaram o grande número de acidentes com caminhões e carretas transportadoras de soja, animais, madeiras, óleos e produtos do agronegócio. Na avaliação, de caráter extra-oficial, ‘os veículos, tombam, com facilidade, ‘porque é preciso menos aceleração lateral para de tombamento’.
– Para uma mesma curva, com menos de 180 graus, um veículo longo com excesso de carga tem mais probabilidade de tombar com uma velocidade que um caminhão com carga normal não tombaria, arremataram.
Segundo os relatos obtidos pelo NEWS RONDÔNIA, geralmente, na origem do embarque das cargas, muitas vezes, não é recomendado ao motorista o fim do excesso de velocidade. ’Uma das principais causas de tombamento, sem dúvida, é o excesso de velocidade, má distribuição do peso, inexperiência do motorista, falhas mecânicas e falta de conhecimento sobre o trajeto.