Para quem ainda não percebeu os efeitos climáticos sobre a vida humana, talvez não consiga entender o contexto diante da destruição da floresta amazônica. Mas o tempo e as catástrofes ao redor do globo e de muitos estados brasileiros começam a cobrar a responsabilização de cada um dos indivíduos.
Um simples raio-X é possível aproximar o tamanho da devastação na Amazônia Legal brasileira. Levantamento do InfoAmazônia por meio do Monitor de Desmatamento do PlenaMata, associado ao Natura&Co e Hacklab detectou dados assustadores relacionados ao desmatamento entre janeiro a novembro de 2021. Foram pouco mais de 485.987.261 milhõesde árvores que simplesmente vieram abaixo na Amazônia.
Para ser mais preciso nas contas, 1.539.970 árvores foram arrancadas pelo menos uma vez ao dia, 1.059 por minuto, 17 a cada segundo durante os onze meses de 2021. Apenas em dezembro, incluindo janeiro de 2022, eram mais de 485 milhões. Os números da catástrofe estão sendo contabilizados pelo PlenaMata em tempo real.
Em Rondônia, o levamento apontou para destruição de 66.339.721 (sessenta e seis milhões, trezentas e trinta e nove mil, setecentas e vinte e uma) árvores, em 2021. Estima-se que 181.354 árvores sucumbiram por dia no território rondoniense, 126 por minuto. Até o dia 24 de dezembro eram 114.911 hectares destruídos no mapa, o equivalente a 1.149 km². Na última semana, o estado perdeu 25 hectares (0,25 km²) de floresta.
Com relação aos dados municipais trazidos pelo PlenaMata, Porto Velho (RO) continua como o epicentro da mega destruição entre todos os municípios. Sozinho ocasionou a perda de 25.332.275 árvores do seu território.
De 2021 até a semana passada eram 439 km², ou seja, 43.853 hectares destruídos. A velocidade do desmatamento na capital correspondeu a 69.210 árvores por dia, com 122 hectares devastados. O desmatamento correspondeu a 48 árvores arrancadas a cada minuto.
Mesmo diante de tamanha destruição, a perda florestal em Rondônia é 6% menor em relação ao ano de 2020. Os dados sobre áreas desmatadas fazem parte de alertas diários fornecidos pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), com base em estimativas.