O cartão de crédito é um meio de pagamento largamente utilizado no Brasil. Muito embora seja um meio de pagamento bastante popular, a sua contratação deve ser precedida de uma pesquisa prévia, com análise das taxas e dos custos associados à sua utilização.
O cartão de crédito sem anuidade, por exemplo, é um serviço oferecido por muitos bancos e instituições financeiras e pode valer muito a pena sob o ponto de vista dos custos. Mas, além disso, juros rotativos e outros aspectos, como atendimento ao cliente e seriedade da organização que oferece o serviço, também precisam ser observados.
Quais são as principais taxas incidentes sobre o cartão de crédito?
Os bancos ou instituições que emitem cartões de crédito podem cobrar diferentes tipos de taxas. Geralmente, são cobrados valores de manutenção e juros.
As porcentagens de manutenção estão atreladas a serviços e produtos oferecidos pelo próprio cartão, como, por exemplo, custo com anuidade, programas de fidelidade e saques. Os juros, por sua vez, podem ser cobrados quando o cliente não realizar o pagamento da fatura em dia.
Todas as informações sobre os custos incidentes no cartão de crédito estão presentes no contrato de prestação de serviço que você firma com a operadora do cartão. Em caso de dúvida sobre esses valores, o consumidor pode entrar em contato com o banco para solicitar acesso às informações.
Cartão com anuidade vale a pena?
Há algum tempo, a maioria dos cartões de crédito cobram as chamadas taxas de anuidade, um valor anual cobrado a título de “manutenção” do cartão. Entretanto, nos últimos anos, muitas instituições deixaram de cobrar este custo, principalmente devido ao aumento da oferta de cartões de crédito no mercado.
Por se tratar de um custo adicional e que não tem um diferencial no atendimento prestado pelo banco, o cartão com anuidade geralmente não vale a pena, já que é um gasto extra que pode ser eliminado, em face às inúmeras opções de cartões sem anuidade.
Quais são as taxas do rotativo cobradas pelos bancos?
Talvez você esteja se perguntando: mas e o rotativo do cartão? Onde se encaixa? Quando é cobrado?
As taxas do rotativo de cartão são cobradas quando o cliente não consegue pagar a totalidade da fatura na data do vencimento, optando pelo pagamento do valor mínimo.
Neste caso, o restante do valor entra naquilo que chamamos de “crédito rotativo”, uma linha de crédito com juros elevados e que pode causar problemas no orçamento do consumidor.
Outras taxas de cartão de crédito que podem surgir nas situações em que o cliente opta pelo parcelamento são o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) e as taxas de atraso, cobradas por algumas instituições.
Confira, a seguir, as taxas de rotativo do cartão de crédito cobradas por algumas instituições financeiras:
● Banco Inter: 65,92% ao ano;
● Caixa Econômica Federal: 213,40% ao ano;
● Banco do Brasil: 217,85% ao ano;
● Nu Financeira: 289,87% ao ano;
● Banco Bradescard: 379,28% ao ano;
● Unibanco: 433,12% ao ano; e,
● Crefisa: 747,34% ao ano.
É possível consultar a lista completa, atualizada e com mais informações no site do Banco Central do Brasil. Se você tiver dúvidas em relação ao rotativo do seu cartão, a dica é entrar em contato diretamente com o banco para solicitar esclarecimentos.
Antes de assinar um contrato de cartão de crédito, o consumidor deve ler o contrato com atenção, focando especialmente no Custo Efetivo Total (CET), que representa o total de despesas associadas ao uso do serviço.
O cartão de crédito é uma excelente forma de pagamento; entretanto, deve ser utilizado com base no orçamento pessoal e sem extrapolar os gastos. A orientação é evitar entrar no rotativo do cartão de crédito, utilizando a modalidade de pagamento com organização e controle dos gastos.
Para ajudar nessa tarefa, uma dica é estabelecer um limite mensal de gastos com base na renda. Essa tática pode ajudar na hora de controlar o uso do cartão. Outra estratégia é utilizar o cartão de crédito apenas em caso de necessidade, priorizando as compras com pagamento à vista.