Criada em novembro de 2016, logo após o término das Olimpíadas do Rio, a Comissão Especial de Obras Inacabadas – CEOI tinha o objetivo de diagnosticar a verdadeira situação de nossas obras públicas e oferecer possíveis soluções.
O resultado lembra um “pato”.
Aquele animal que não anda direito, não nada direito e não voa direito. Um ser morno, mais ou menos. Um pato. Enfim, identificadas 22.000 (vinte e duas mil) obras paralisadas e prejuízo estimado em 1 Trilhão de reais, o passo seguinte seria a instalação da comissão de acompanhamento e fiscalização dessas obras.
Não foi feito.
Contudo, o resultado prático não foi nulo. No final do ano passado o Governo Federal lançou o Programa Avançar, cujo objetivo é a retomada de mais de 7.000 (sete mil) dessas obras, exatamente aquelas com possibilidade de conclusão ainda em 2018.
A intenção é finalizar pelo menos aquelas que já estavam com execução física avançada, o que nos parece uma decisão correta.
Entretanto, evidente que o problema real não foi atacado.
A CEOI foi criada notadamente em virtude das inúmeras obras de infraestrutura prometidas para a COPA e OLIMPÍADAS, mas, que ficaram pelo caminho.
O Veículo Leve sobre Trilhos -VLT de Cuiabá é um dos mais emblemáticos (foto que ilustra nosso post).
Todavia, o principal motivo para o insucesso da CEOI é mais profundo que simplesmente a questão política.
Ocorre que a eficiência não pode ser obtida em uma “canetada”. Ninguém dorme ineficiente e acorda eficiente apenas por mera vontade. Que dirá um país !
A eficiência é uma construção infinita; é um processo cultural que se reflete em nossos representantes políticos e é materializada em nossa Leis.
Assim, temos um longo caminho pela frente.
Mas, toda travessia tem início com o 1º passo!