Um grupo formado por servidores municipais e estudantes universitários de Administração e Engenharia Ambiental e Sanitária da Uniron resolveu ajudar a Comunidade do Maravilha II, localizado na margem esquerda do Rio Madeira, a poucos quilômetros da ponte que dá acesso à Humaitá (AM).
A iniciativa partiu de servidores da Prefeitura que estiveram no local na semana passada fazendo levantamento para composição do Plano Diretor do município, e que constataram no local a presença de muita sujeira na margem do Lago Maravilha, que é originário do Rio Madeira, e também na comunidade. Com alguns contatos nas redes sociais o grupo denominado de CatAÇÃO reuniu 19 pessoas que no sábado (02) estiveram por cerca de cinco horas realizando um trabalho de coleta, triagem e destinação para os resíduos coletados.
A limpeza foi feita na rua principal, a partir da área em frente à escola municipal Ermelindo Monteiro Brasil até à margem do Lago Maravilha. Garrafas pet, sacos plásticos, pneus, restos de tecidos e de roupas, latas e garrafas ente outros foram recolhidos pela equipe.
Após a catação o lixo foi selecionado e embalado de acordo com o tipo, para posteriormente ser pesado. A comunidade deverá receber um relatório do trabalho realizado já na próxima reunião da Associação de Moradores do Ramal Maravilha II, segundo informou a secretária da entidade e moradora do local, Alessandra Gustavo, que também trabalha na escola.
Mas, segundo informações de Miguel, houve um chamamento para a comunidade. De casa, alguns observam os voluntários fazendo a coleta do lixo, aprovando a iniciativa, como os moradores Miguel Falcão e João dos Santos.
A Comunidade Maravilha II é composta por cerca de 90 famílias e estima-se que haja pelo menos 400 moradores. A maioria é de famílias desabrigadas na enchente do Rio Madeira de 2014. O Lago Maravilha, além de fornecer peixe para a própria comunidade, também atrai pescadores de outras regiões de Porto Velho. Na tentativa de envolver os frequentadores do Lago numa campanha de preservação, os voluntários participantes do CatAÇÃO, confeccionaram placas educativas, alertando para a necessidade de manutenção da limpeza.
A arquiteta e urbanista Carime Afonso, da Prefeitura de Porto Velho, destacou a importância da ação e salientou que o objetivo é promover a educação ambiental e mostrar a importância da prática dos cinco Rs da Sustentabilidade – reciclar, reutilizar, repensar, reduzir e recusar.
Segundo Carime, o propósito também é ensinar aos moradores como realizar a coleta seletiva e mostrar que muito do que é jogado fora pode ser revertido em uma pequena economia.