Porto Velho, RONDÔNIA – Apesar de sua extrema importância e estratégica localização na Zona Norte desta Capital, parte da área fundiária do Centro de Inteligência do Governo Federal, contíguo ao Aeroporto Internacional Governador Jorge Teixeira, foi tomado ontem (5.8) por uma onda de fogo proveniente de focos de queimadas naquela região.
Presente no local, o Jornalismo Investigativo deste site de veiculação de notícias atestou após uma tomada de informações junto a agentes do Centro de Inteligência e Monitoramento, também do SIPAM e SIVAM, respectivamente, ’o fogo rompeu uma barreira construída por aceiros e avançou por sobre os limites da proteção física da área até próximo aos prédios do sistema’.
Da recepção aos locais onde o fogo irrompeu por volta das 11h55 da quinta-fera (5), há uma média distância até a zona dos focos de queimadas. Porém, do pátio que leva ao Centro de Inteligência e Monitoramento do CENSIPAM/SIPAM/SIVAM, ‘as cortinas de fumaça eram visíveis e estavam carregadas de fuligens’. Segundo um agente do Estado, ‘a continuarem as queimadas nessa região, será necessário acionar todo o sistema de combate a incêndio estacionado da cidade e do próprio Aeroporto’.
De forma anônima, outros agentes disseram à Reportagem que, ‘provavelmente, o fogo tenha se originado de áreas de cultivo de soja e de criadores de bovinos, como da estrada da Penal e da Linha 28, que deságua no porto graneleiro do Rio Madeira’.
Nas duas últimas semanas, o número de queimadas advindas de áreas de derrubadas em sítios, chácaras e fazendas, além de parte que integra loteamentos urbanos e rurais da cidade, tem sido impossível sua detecção, afirmou à Reportagem uma fonte do Serviço Florestal Brasileiro (SFB) – que também tem instalações no Centro de Inteligência e Monitoramento do Governo Federal, nesta Capital.
O fogo, que gerou imensas cortinas de fumaça, não chegou a provocar a interrupção de pousos e decolagens de aeronaves no Aeroporto Internacional ‘Governador Jorge Teixeira’. Mas, levou um quase pânico à ala de oficiais, servidores de órgãos federais e visitantes que buscavam informações e a posição de documentos públicos em tramitação, sobretudo, no Serviço Florestal Brasileiro (SFB) e Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBIO).
No âmbito municipal, segundo nova tomada de informações em órgãos de controle ambiental, o Jornalismo Investigativo do NEWSRONDÔNIA apurou, contudo, que a multa para quem danifica o meio ambiente varia de R$ 80 a R$ 8 milhões.
Porém, um servidor informou que ‘é muito difícil as autoridades autuarem infratores rurais e/ou urbanos em tempo real, a não ser com a ajuda dos cidadãos’.