Estudo realizado pelo Instituto Trata Brasil, em parceria com a Ex Ante Consultoria Econômica e o Ministério Público Estadual (MP/RO) traz um diagnostico antigo e triste para o Estado de Rondônia e principalmente para a população. A falta de universalização do sistema de saneamento básico no território deverá fazer com que o território perca pelo menos R$ 3 bilhões de investimentos sociais e econômicos.
De acordo com o levantamento, 1,8 milhão de moradores, pelo menos 958 mil moram em locais sem acesso à água para beber e 1,7 milhão (94%) estão em locais sem colega e tratamento de esgoto. Os dados são do Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento, pesquisados em 2019. A pesquisa explica os governantes do Estado terão um desfio pela frente para estruturar a todos até 2033, se seguir a nova recomendação do Marco Legal do Saneamento Básico elaborado em 2020.
A pesquisa também aponta dados impactantes com relação ao estado e a falta de investimentos no setor. O histórico é de lentidão. Em 2005, 42,9% da população tinha água tratada subindo apenas a 46,1% em 2019 – um tímido avanço. O acesso à coleta de esgoto quase não houve, saiu de 1% (2005) para 5,8% (2019). A ausência mais significativa em esgotamento sanitário está na capital, Porto Velho, pois 95,3% dos moradores não são atendidos com coleta e tratamento dos esgotos.
A falta de tratamento especifico para o esgoto é outro problema mostrado no levantamento, o que ocasiona danos ao meio ambiente do próprio município de Porto Velho e regiões que despejam os resíduos nos rios. “As bacias hidrográficas da região recebem uma carga estimada de mais de 40 milhões de m³ por ano de esgotos não tratados. Diariamente são despejados nos córregos e rios que cortam o estado mais de 110,6 bilhões de litros de água poluída por dejetos”, conclui a pesquisa.
O Instituto enumera Porto Velho no Ranking das 100 capitais com o pior índice em saneamento básico. O município, segundo o Trata Brasil é o único do país a figurar 8 edições dos estudos, que taxa os 10 piores na colocação, no mais oscila entre o último e penúltimo.
Entre os 52 municípios em que a população apresenta déficit de saneamento por pessoa, a edição traz Porto Velho, Ji-Paraná, Ariquemes, Vilhena, Vilhena, Cacoal, Rolim de Moura e Jaru.
O estudo mostra otimismo, caso a universalização do saneamento seja uma preocupação dos governantes até 2055, ou, seja daqui há 34 anos. “Rondônia pode gerar mais de R$ 3 bilhões de ganhos sociais, ambientais e econômicos, especialmente com redução de gastos com doenças, valorização dos imóveis, geração de empregos e renda, melhorias na educação de jovens e crianças, entre outros”.
Com informações do Trata Brasil