Vilhena tem pouco mais de 12% de pessoas que declararam, no último censo do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), não ter religião ou serem ateias. O número, no entanto, pode ser maior, caso se considere a grande evasão de presença nos cultos e missas que as igrejas observam recentemente. Segundo pastores da cidade, a “fé light”, onde o fiel tem muito discurso e pouca prática, pode ser considerado um tipo de “ateísmo disfarçado”.
Para o pastor evangélico Itamar Ferreira, os que seguem a Bíblia atualmente precisam estar felizes na igreja para se atraírem pela Palavra. “Eu penso que o cristão precisa encontrar prazer em congregar, pois é recomendação bíblica que não devemos deixar de congregar. Agora, se será em um templo, uma casa, praça ou na rua, não interessa. É preciso reunir-se como corpo de Cristo”, explica.
Comum entre católicos, o termo “não-praticante” define aqueles que se afastaram da igreja, mas mantêm a crença. Sobre essa situação, Itamar tem uma opinião firme, porém conciliadora. “A fé em Deus é um relacionamento que, quando vivido, se torna visível. Penso, através de minha experiência prática, que o que possa levar as pessoas a se afastar da igreja sejam decepções religiosas”, completa.