Em Rondônia, os quatro primeiros meses de 2021 conseguiram ser os mais letais para a Covid-19. Eles foram capazes de superar todo o ano de 2020 desde que foi comprovada a primeira morte pela doença ainda em março do ano passado.
Até a segunda-feira (26), o total de óbitos no Estado era de 5.072 pessoas. O ano de 2020 encerrou com 1.132 mortes. De janeiro até o dia 26 de abril o placar de mortos correspondia a 3.231. Além disso, a pandemia este ano mostrou o pior cenário com registros de óbitos e casos em alta e com um serviço público de saúde estrangulado pela falta de vagas, principalmente de Unidade de Terapia Intensiva (UTI).
Porém, o cenário atual mostra que 2021 será de longe, o período mais complicado da doença. Na segunda-feira, a Agência de Vigilância em Saúde (Agevisa), órgão ligado à Secretaria de Estado da Saúde (Sesau), publicou no boletim de nº 402 que Rondônia havia alcançado um total de 209.668 casos na media geral desde março de 2020, desses 9.413 são ativos, ou seja, pessoas que estão infectadas pela doença.
O aumento em 2021 no índice de mortes em Rondônia é algo assustador. Ontem a média de infecção foi de 522 pessoas. São 117 dias transcorridos em que o quantitativo de mortes foi de 3.231. Em alguns a taxa de óbitos chegou a ultrapassar a média dos 70 casos.
A cidade ultrapassou Manaus (AM) que por duas vezes foi o epicentro da doença com o quantitativo de mortos para cada cem mil habitantes. Dados destacados pelo Ministério Público Estadual indicam que 408 pessoas morreram por cada cem mil habitantes em Porto Velho, enquanto que Manaus registrou 399 óbitos. Não é só isso. A cidade é a segunda no Brasil em número de mortos por cem mil habitantes, ficando atrás apenas de Cuiabá, que registra 418 mortes.
Como se não bastasse, autoridades de saúde, não descartam uma terceira onda da pandemia em Rondônia. Fatores como a não vacinação em massa, o relaxamentos pelas pessoas e o governo das medidas restritivas e ao uso de máscara, aliado a falta de cuidados com a higiene das mãos estão associados para uma próxima tragédia.