A confusão aconteceu na última quinta-feira no Bairro Floresta e só não acabou em tragédia porque um outro vizinho socorreu a moradora evitando que ela fosse esmagada por uma máquina pesada operada por um dos acusados.
Os servidores A.F.S Auxiliar de serviços Gerais, J.B.S operador de máquina, V.S.A motorista e o gari S.O.L foram flagrados despejando asfalto na frente de uma oficina na rua Monte Santo, bairro Floresta, e ao serem questionados pela moradora, o dono da oficina que estava sendo beneficiado justificou a ação dizendo que “um deles estava pagando uma dívida com ele”.
Os servidores que estavam supostamente praticando o crime de peculato, que é a “subtração ou desvio, mediante abuso de confiança, de recurso público ou de coisa móvel apreciável, para proveito próprio ou alheio, por funcionário público que os administra ou guarda”, até ofereceram “jogar asfalto na frente da casa da moradora, para que ela ficasse calada”, mas de imediato, ela recusou e passou filmar com um celular, toda a ação e dizendo que iria denunciar, e assim o fez.
Irritados, os servidores tomaram e quebraram o celular da vítima e ainda agrediram a mesma com um empurrão que lhe jogou ao solo causando escoriações pelo corpo. Não satisfeitos, eles ameaçaram passar com a máquina pesada por cima da vítima, que só não perdeu a vida por conta da ajuda providencial de um outro vizinho.
Ao tomar conhecimento do fato, com as devidas provas, a Procuradoria Geral do Município determinou o AFASTAMENTO IMEDIATO dos quatro servidores da SEMOB de suas atividades públicas por um período de 60 dias, inclusive com a PROIBIÇÃO DE ADENTRAREM nas dependências da referida secretaria.
Afastados, os servidores agora passam a ser réus no PROCESSO ADMINISTRATIVO Nº 11.0076-000/2021, que podem, dentre outras penalidades, resultar na demissão por justa causa, pelo cometimento de CRIME CONTRA A ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA, conforme o Art. 141, Incisos X e XXII combinados com o Art. 155 e Art. 156 incisos I, e XIII ambos da Lei complementar 385/2010.
Os servidores HAILTON OTERO, LUZIANE DE OLIVEIRA, MELINA TÁCIA e ARAUJO NOBRE foram designados para integrarem a comissão processante que vai apurar os supostos crimes praticados pelos acusados. A comissão tem um prazo de 60 dias para apresentar o relatório com um parecer da referida apuração.