Uma viagem pela história. Painéis gigantes e coloridos descrevem importantes passagens da expedição realizada pelo sertanista Cândido Mariano da Silva Rondon, com o desafio de integrar por meios das linhas telegráficas os Estados brasileiros.
A exposição permanente é composta por mais de 400 acervos, peças que remetem aquela época, como ainda utensílios dos povos indígenas os quais Rondon manteve contato.
Entre os mostruários o visitante estão as maquetes que ilustram as linhas telegráficas construídas ao longo dos trechos que mais tarde originaram os municípios de Rondônia ao longo da Br-364.
O Memorial Rondon é dividido em cinco prédios, que inclui o Centro Cultural Indígena, palco para exposições e palestras estudantis. Um filme de seis minutos é projetado contando a saga do sertanista. O telegrafo usado por Rondon também faz parte do acervo que o visitante terá contato.
Um olhar sobre o Memorial pode mostrar muitos mais. Poucos devem saber, mas Rondon chegou a ser indicado em 1925, pelo físico alemão Albert Einsten ao Prêmio Nobel da Paz. De acordo o professor doutor Marcos Teixeira, Albert Einsten jamais encontrara com Rondon, somente escutava falar do sertanista com grande fervor, além de assistir a um filme onde narrava o trabalho do desbravador, pacificador e geógrafo na Amazônia Ocidental. A carta escrita por Einsten foi encontrada 1994 em Jerusalém, Israel pelo professor Alfredo Tiomno Tolmasqim, do Museu de Astronomia e Ciência Afins do Rio de Janeiro.
Em 1957, Mariano Cândido da Silva Rondon teve seu nome indicado novamente ao Premio Nobel, desta vez pelo Exporer Club de Nova Iorque (EUA). O gesto segundo relatou o professor de Historia ocorreu, depois de “o reconhecerem defensor das telecomunicações, inovador das formas de registros documentais com o uso de imagens e vozes, fotografias e filmes ao longo de seus trabalhos”.
O lugar que hoje reverencia a saga do sertanista, desde julho de 2020 passou à empresta seu espaço para uma das 18 locomotivas da Estrada de Ferro Madeira Mamoré (EFMM). Do memorial, turistas, podem prestigiar dois momentos distintos do século XX.
O vice-presidente da associação dos ferroviários, George Telles, tem declarado que desde 2014, “a associação tem travado uma luta, com a ajuda de parceiros, na intenção de proteger o patrimônio histórico dos rondonienses”.
Inaugurado em 2018, o Memorial Rondon foi construído por meio de compensação da Hidrelétrica de Santo Antônio, em 2013, cumprindo condicionante imposta pelo Instituto do Patrimônio e Artístico Nacional (Iphan) para a Licença de Operação da Hidrelétrica. A estrutura é mantida pelo governo do Estado pela Superintendência de Turismo com o apoio do Exército Brasileiro.
Em março de 2020 o Memorial foi fechado temporariamente por conta da pandemia, mas voltou a funcionar pouco tempo permanecendo aberto com o novo decreto. As exigências para a segurança da saúde coletiva é exigida para aqueles que desejam visitar o complexo.