O Impacto ambiental de pelo menos 75 projetos que equivalem a 12 mil quilômetros com a abertura de novas estradas na Amazônia irão resultar no desaparecimento de 2,4 mil hectares da floresta nativa dentro de 20 anos. Os dados foram divulgados por um levantamento feito por pesquisadores do Brasil, Bolívia, Colômbia e Suécia. O desmatamento publicado na revista cientifica PNAS dos Estados Unidos, segundo o trabalho de pesquisa, supera três vezes a área da Região Metropolitana de São Paulo.
Dos projetos, os mais controversos dos cinco países que compõem a Bacia Amazônica, o desmatamento médio causado pelos 75 projetos será de 33.000 hectares. Isso dando um exemplo mais apurado, representa a cem Central Parks de Nova York.
A publicação menciona que as estradas previstas para o Brasil têm, na média, o mais alto nível de desmatamento e também mais da metade do impacto geral, com 1,42 milhão de hectares de devastação adicional esperado em 24 projetos. Nos cálculos, cada estrada terá cerca pode consumir 100 hectares de desmatamento por cada quilômetro de estrada.
Os pesquisadores mencionam que os projetos violam a legislação ambiental e o direito de povos indígenas, e devem custar aos cofres públicos 27 bilhões de dólares. Mesmo do ponto de vista econômico, 50% dos projetos trariam perdas financeiras, já que custariam mais para ser construídas e mantidas do que trariam benefícios.