Rondônia na Região Norte do Brasil é o cenário do caos, com registros da Covid-19 disparando. Em menos de 24 horas, o Estado evoluiu para 1624 novos contaminados, e 55 mortes de uma sequência de crescimento desde fevereiro.
O secretário de Estado da Saúde (Sesau), Fernando Máximo classificou o cenário como extremamente assustador. Os municípios já falam em colapso. Na quarta-feira a direção do Hospital Municipal Cândido Rondon divulgou um nota onde afirmava está com a capacidade de atendimento no extremo. A ocupação de leitos de UTI atingiu os 100%. Vilhena está na mesma situação, todos os 20 leitos do Hospital Regional excederam a capacidade. Dos pacientes, 15 estão entubados e o restante respira auxiliados por ventiladores, inclusive uma jovem de 26 anos.
No Estado a fila de leitos de (UTI’s) oscila a cada dia. Esta semana, 120 pessoas aguardavam por uma vaga que não surge há 54 dias. As perspectivas não são as melhores. “Talvez você conheça uma dessas 1960 que se contaminaram hoje, cem delas provavelmente estarão na UTI nos próximos 10 dias e 40 delas nos próximos 25 dias estarão mortas”, lamenta o secretário de Estado da Saúde Fernando Máximo.
Pelo menos 12 dos 15 hospitais públicos geridos pelo Estado, com leitos de UTI superam a taxa de 100% de ocupação. Fernando Máximo conclui que o Estado foi um dos que mais investiu em leito de UTI na Região Norte e no Brasil. “Muita gente tem chorado porque seus parentes não têm conseguido uma vaga”, finaliza.
Em Rondônia, a taxa de vacinação contra a Covid-19 não alcança os 4% e o Estado é o 25º na lista das federações que menos vacinaram a população, perde apenas para o Pará o último colocado.
Na semana passada, a Prefeitura de Porto Velho anunciou a compra de 400 mil doses da vacina da AstraNeca. Os imunizantes devem chegar à capital em Abril. O prefeito Hildon Chaves (PSDB), informou que a remessa atenderá um público estimado de 200 mil pessoas com a 1ª e 2ª doses. “As vacinas chegarão em até 30 dias, e vale lembrar que são duas doses. Ainda é tempo de se isolar, cuidar e evitar aglomerações”, alerta.
Mesmo com os casos em alta, a população continua insistindo em descumprir as normas estabelecidas de distanciamento. Festas clandestinas revelam a falta de respeito de algumas pessoas com a vida do próximo. Na internet, a população cobra efetividade do Governo do Estado quanto a punição dos infratores.