Quem assiste ao Big Brother Brasil 18 desde a estreia, dia 22 de janeiro, acompanhou a participação de Gleici Damasceno se transformar em um jogo de reviravoltas que a coloca no posto de protagonista da 18ª edição e provável campeã do reality.
Atualmente, a popularidade de Gleici tem aumentado bastante no reality show da Rede Globo e não é para menos. A Acriana tem uma história de vida sensacional.
Muito se questiona sobre até onde a história de vida de Gleici é realmente marcada por dificuldades na periferia de Rio Branco no Acre, Gleici pouco fala de sua vida pessoal no Programa, não se vitimiza, mesmo passando por dificuldades na vida.
Para alguns, que ainda não se deram ao trabalho de pesquisar ou saber a verdadeira história, tudo não passa de encenação para passar a imagem de “coitadinha”, coisa que a Gleici odeia.
Uma das favoritas ao prêmio de R$ 1,5 milhão no “BBB 18”, a acreana Gleici Damasceno, de 23 anos, leva uma vida muito diferente da que desfruta no reality show.
De origem humilde, ela cresceu na zona rural e vive hoje em uma casa simples, de madeira e alvenaria, e três cômodos, com a mãe, o irmão mais velho e a sobrinha de 3 anos na periferia da Baixada da Sobral, uma das áreas mais violentas da capital do Acre.
Aprovada para a primeira seletiva do programa, Gleici precisou fazer uma vaquinha entre os amigos para pagar sua passagem de R$ 80 para Porto Velho, capital de Rondônia. Para a segunda fase, no Rio de Janeiro, Gleici teve as despesas pagas pela emissora.
“…Hoje eu vejo a minha filha ali dentro com o comportamento totalmente digno dela, sendo ela mesma, verdadeira, sendo honesta. A Gleici sempre teve a cabeça dela no lugar. Ela sempre foi uma menina muito consciente daquilo que ela queria…”, conta a mãe da jovem, orgulhosa.
Para conhecer como vivia Gleici antes de ir para o BBB, falaremos nessa matéria um pouco da Gleici, favorita ao Prêmio de Um Milhão e meio de reais.
A estudante de Psicologia se chama Gleiciane Damasceno, se define como "militante dos direitos humanos" e atua em comitês da Juventude no Acre.
Gleici Damasceno é estudante de Psicologia, e em sua conta nas Redes Sociais, publica e compartilha frases, fotos e denúncias contra machismo, racismo e homofobia.
Ela também já protestou pela saída do atual presidente e gritou "Fora, Temer!" na rede social. A frase, aliás, foi uma das últimas publicações dela no Instagram.
A sister também publicou fotos ao lado da ex-presidente Dilma e do Ex-Presidente Lula, e fez campanha para a pretendida eleição dele à Presidência da República em 2018.
A maior vantagem de Gleici, é ter experimentado tudo oferecido pelo (BBB18). Romances, conflitos, bebedeira nas festas e as idas e vindas de Paredões. Além, é claro, do retorno triunfal, quando foi ao paredão bate e volta e retornou do quarto secreto, privilégio vivido por apenas outras duas ex-sisters: Ana Paula Renault no (BBB16) e Ana Mara no (BBB13).
A família de Gleici, participante do BBB18, está comemorando a participação dela no Programa. Gleici quem ajudava a mãe, Vanuzia, que trabalha como babá e atualmente está desempregada, com as despesas de casa e, de origem humilde, dorme na sala de sua casa, que tem apenas um quarto, sala, cozinha e banheiro. A cama da Gleici, fica no meio da sala, que tem um sofá que serve de divisória entre a cama da Sister e o ambiente da TV.
A querida Vanuzia, mãe da Gleici, enfrenta problemas de saúde e não pode comparecer à todas os paredões. Ela não se sente bem as vezes, porque ela teve um câncer no útero, que tratou e curou, mas às vezes a imunidade dela cai.
A família da sister passou por muitas necessidades, como fome, precisando da ajuda de vizinhos para sobreviver. Há três anos, Gleici acabou sendo alvo de uma das piores dores que uma pessoa pode ter.
Gleici viu a violência de perto quando o seu pai foi assassinado há três anos, dentro de casa e na frente da irmã mais nova, pelo tráfico de drogas que domina a região. O pai da sister era dependente químico e se separou da mãe dela quando Gleici tinha 6 anos.
A casa onde Gleici passou a maior parte é simples. O pequeno imóvel de alvenaria não tem acabamento por fora e é protegido apenas por uma cerca de madeira.
Isso a ajudou a começar a mudar de vida. Vanuzia enfrentou um câncer no útero e não pôde comparecer ao paredão falso que a filha participou no BBB18.
Sem internet e TV a cabo em casa, Vanuzia, e o irmão da sister, Gleisson, de 24, acompanham o programa graças à generosidade dos vizinhos, que cederam um ponto.
Em sua formatura, ela ganhou do melhor amigo um vestido para a formatura do Ensino Médio. “Ela disse que não tinha condições de ir ao evento porque não tinha um vestido, e eu ofereci o meu, de Miss Acre Gay”, conta João Reis, homossexual assumido e líder comunitário.
A casa é protegida por uma cerca de madeira e possui um quarto, cozinha e sala (mobiliada com um sofá simples, uma TV e a cama da Gleici). “Íamos usar o 13º (salário) dela para desmanchar a sala e fazer um quartinho aqui. Era o sonho dela”, conta a mãe, que sobrevive atualmente com a ajuda de vizinhos e do dinheiro da exoneração de Gleici no cargo comissionado na Assessoria de Juventude, no Governo do Estado do Acre.
A casa, de madeira e alvenaria, tem três cômodos (quarto, cozinha e sala) e fica na periferia da Baixada da Sobral, local conhecido pela violência no Acre. Lá, Gleici vive com a mãe, o irmão mais velho e a sobrinha de 3 anos.
Pelo imóvel ter apenas um quarto, Gleici dorme em uma cama na sala, que fica atrás do sofá e ao lado do rack com a televisão da casa.
A acreana ganhava R$ 2.700 para sustentar a família, comprar remédios para mãe, pagar contas de água e luz, despesas dos irmãos e suprir a casa de alimentos. Ela também usava o dinheiro para pagar metade da faculdade de Psicologia em uma Universidade Particular. Os outros 50% são custeados pelo Fies (programa de financiamento estudantil do Governo).
A família Damasceno tem uma conta abeta, na taberna do seu Manoel, que fica na frente da casa. “Ela acerta tudo direitinho. É uma menina honesta. Dá gosto de ver”, elogia o comerciante Manoel Malveira.
Inconformada com a realidade em que vivia, Gleici decidiu trabalhar aos 12 anos como babá e passou a ajudar nas despesas. Quando fez 15 anos, pediu à mãe um computador de presente. “Trabalhei muito para juntar dinheiro, mas não consegui. Até que um tio se ofereceu para fazer um crediário. A Gleici chorou muito quando viu o computador”.
Gleici já ganhou R$ 10 mil no programa, além de receber cerca de R$ 500 por semana que fica na casa pela participação do programa. A família, porém, ainda não teve acesso ao dinheiro pois ele só pode ser liberado depois da saída da participante do BBB18.
Favorita, Gleici ganha propaganda em ônibus e outdoor no Acre | Gleici é a primeira do estado a participar no reality show
Orgulhosos com a participação de Gleici no Big Brother Brasil 18, os moradores de Rio Branco, capital do Acre, têm demonstrado a torcida à conterrânea com propagandas espalhadas por toda a cidade.
Grande favorita ao prêmio, a estudante de psicologia é a primeira pessoa do estado a ser selecionada para entrar na “casa mais vigiada do Brasil”.
As fotos da cidade repleta de divulgação em apoio à sister foram publicadas pelos administradores da página oficial da jogadora no Facebook. O Acre mostrou-se unido e abraçou a Gleici, e continua mostrando apoio. Afinal, ela é guerreira, não se deixa abater. Corre atrás do que ela quer, tem orgulho de ser do Acre, de ser mulher.
No Rio de Janeiro para a final do "BBB18", a família de Gleici postou no último domingo (15), uma série de vídeos no Instagram com imagens da mãe, irmã e irmão da acriana vendo o mar pela primeira vez.
O foco dos vídeos eram a animação da irmã de Gleici, Gleiciely Damasceno Silva, que nunca havia visto o mar e se emocionou com a beleza das praias do Rio de Janeiro. "Estamos aqui nesse mar mais lindo que Deus já fez", disse a mãe de Gleici, Vanuzia Damasceno, enquanto a filha chorava.
O irmão de Gleici, Agleuson Silva, enfrentou o tempo nublado e entrou no mar enquanto fazia sinais para a câmera
Não, você não imaginou ou entendeu errado! Este Jornalista/ Professor e colunista aqui é #TemGleici, não por ela ser pobre, da periferia, negra, mulher, não ter pai, trabalhar desde os 12 anos ou estar engajada em causas social, não, não é por nenhum desses fatores isolados entendeu? É por todos eles juntos, porque Gleici é a voz de quem precisa, a voz do necessitado, a voz que conseguiu chegar lá, é por ela não se vitimizar, por ela não chorar por isso ou por aquilo, por ela ser forte e por não expor tudo isso a todo momento. Sou #TEMGLEICI, por toda sua história, brilho, conduta, honradez, por sair do Acre, norte desse Brasil e chegar tão longe em uma das maiores TVs do mundo.
É por essas e outras que sou #TemGleici, foi a final desejada por mim desde o primeiro dia que o Programa foi ao ar, desenhei sempre o cenário de Gleici, Família Lima e Kaisar na final, e por isso lutarei até onde eu puder para que ela saia vencedora.
Aos meus leitores, amigos, conhecidos, e todos que me acompanham nas redes sociais, dificilmente eu tomaria partido por alguém, mas a Gleici merece esse Prêmio e vamos fazer uma operação nos dias de votação, vamos votar muito na final do Programa para que ela possa sair de lá podendo ajudar sua família e quem mais precisa com suas ações sociais.
Espero que tenhamos êxito nessa empreitada, que pelo menos dessa vez possamos estar unidos e não fazer besteira, escolher a pessoa certa, colocar nas mãos certas a oportunidade de quem sempre batalhou e batalha na vida.
Está na mão do Público, Gleici já está na final, já é finalista do BBB 18, e merece SIM levar esse Prêmio. Vamos juntos? Vamos votar muito, afinal: Somos do Norte, somos fortes.
"…Gleici não gosta de ser coitadinha, de ser vitimizada. Ela lutou contra isso a vida toda e sempre disse que seria alguém na vida. A história dela é diferente porque ela nunca se acomodou, nunca se conformou…”
Vanuzia, mãe da Gleici.
Por Zecca Paim -Coluna Espaço Livre|Jornal News Rondônia
DRT 1453/RO