O réu Felipe da Silva Rocha, 21 anos, foi ouvido na ultima sexta-feira (17) por meio de videoconferência presidida pelo juiz de Direito, Edvino Preczevski. O Tribunal de Justiça (TJ/RO) tem adotado o método por conta do Covid-19 onde a Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda o distanciamento e aglomerações de pessoas em um mesmo ambiente.
Durante o depoimento que durou em torno de 13 minutos, Felipe da Silva Rocha foi indagado sobre as acusações de ter sido ele o mentor do assassinato da idosa, Ângela Cortez de Moraes, no dia 10 de agosto de 2019.
O homem alegou não ter recordações do ocorrido, e afirmou ser usuário de drogas desde os 13 anos. Ainda segundo o réu, no dia do crime ingeriu bebida alcoólica, mas que não era acostumado a beber.
Questionado sobre o material genético, “esperma” encontrado na cena do crime e no corpo da idosa Ângela pela pericia, o réu declarou desconhecimento.
Felipe da Silva Rocha também está sendo acusado por Adriel e Natanael ambos (irmãos) e amigos do réu. Os homens o acusam de planejar o roubo a Ângela Cortez de Moraes. Interrogado onde estaria na madrugada do dia 10 de agosto, dia do crime Felipe respondeu que “ingerindo bebida alcoólica” na casa de um amigo por nome de “João”, e que teria deixado o local por volta das 3 horas da madrugada.
Porém, as 3hs da madrugada foi o horário em que segundo as investigações da Polícia Civil, a idosa Ângela Cortez de Moraes foi encontrada dentro da casa dela já sem vida pelo marido da avó do réu. Mas ao mesmo tempo consta no inquérito policial que nesse mesmo horário Felipe chegou a dizer que estava em casa dormindo. Em dado momento o réu também assumiu estar na companhia de Rodrigo da Silva Nobre vulgo (Kaká) e de Adriel. Indagado se “Kaká” tinha envolvimento no crime, Felipe disse que não sábia, mas que segundo ele o mesmo havia sido preso pelo crime. No processo 0002117-03.2018.8.22.0015, existe uma acusação contra Rodrigo da Silva Nobre, mas por furto. O mesmo por falta de provas foi solto em janeiro deste ano.
Das alegações finais, acredita-se que até o final desse mês saia à sentença, mas ao que tudo indica pelas provas, principalmente por conta do exame de DNA, Felipe da Silva Rocha deve ser condenado.
Na primeira oitiva que aconteceu na semana passada, foram ouvidas também pelo mesmo processo de videoconferência as testemunhas, delas, duas de defesa foram dispensadas.
Ângela Cortez de Moraes, 68 anos foi achada morta, na madrugada do dia 10 de agosto de 2019. Desde a morte do marido e da ida do neto para São Paulo, a evangélica morava sozinha, no distrito de Abunã, localizado a 216 KM de Porto Velho (RO). Vítima e suspeito eram conhecidos e moravam a centímetros um do outro.