São Paulo (SP), 10 de outubro de 2025 — O governo de São Paulo apresentou nesta quinta-feira (9) um novo protocolo para detectar metanol em bebidas alcoólicas adulteradas, em meio à crise sanitária que afeta o país. A iniciativa, inédita no Brasil, está sendo repassada a outros estados para ampliar a segurança do consumo.
O protocolo, aplicado pela Superintendência da Polícia Técnico-Científica (SPTC), permite obter resultados mais rápidos e já identificou 30 casos de adulteração. Mesmo sem laudo completo, os peritos conseguem determinar a porcentagem de metanol tóxica presente nas bebidas.
A análise é realizada em quatro etapas:
- Seleção de amostras das garrafas apreendidas;
- Verificação de lacres, selos, embalagens e rótulos pelo Núcleo de Documentoscopia, com laudo em menos de um dia;
- Uso de equipamento portátil pelo Núcleo de Química para localizar metanol e outras substâncias, permitindo triagem de bebidas lacradas;
- Separação dos elementos químicos via cromatografia gasosa, indicando a porcentagem de metanol e testando se a bebida é falsificada, mesmo sem metanol.
A perita Karin Kawakami, assistente técnica da SPTC, explicou que o sistema foi aperfeiçoado para agilizar os resultados, mantendo a padronização de protocolos internacionais de identificação de metanol e falsificações.
Até o momento, o estado registrou cinco mortes e 23 casos confirmados de intoxicação por metanol. A medida visa prevenir novas vítimas e garantir mais segurança para os consumidores.









































