No Norte e Nordeste, o fenômeno La Niña causa o aumento das chuvas, podendo levar a cheias dos rios e, consequentemente, a alagamentos e deslizamentos em bairros próximos aos rios. No entanto, segundo meteorologistas, este La Niña em especial será atípico e de curta duração.
O evento climático “La Niña”, que seguia uma tendência de normalidade nas águas do oceano Pacífico Equatorial, está de volta. O anúncio foi feito na quinta-feira (09) pela Administração Nacional de Oceanos e Atmosfera (NOAA) e divulgado no Brasil pela MetSul Meteorologia.

O órgão informa também que o fenômeno, que consequentemente induz a uma maior formação de precipitações em parte do Brasil, não terá uma duração tão prolongada como ocorreu continuamente entre os anos de 2020 e 2023, período apontado pela meteorologista Estael Sias como um evento totalmente atípico. “Tudo indica que o evento possa perdurar entre três a cinco meses.”
Ainda segundo a meteorologista, o fenômeno, que acarreta o resfriamento das águas e se concentra no Pacífico Centro-Leste, indica a ocorrência de um evento. No Brasil, provoca o aumento das chuvas mais ao Norte, bem como a redução delas no Sul.
A especialista também informa que, no país, o fenômeno contribui significativamente para o aumento das precipitações e ressalta: “O Norte e o Nordeste registram um aumento das precipitações. Cresce o risco de estiagem no Sul do Brasil e no Mato Grosso do Sul”. Estael ressalta, no entanto, que, mesmo com a La Niña, há a possibilidade de eventos de chuva extrema, com enchentes e inundações.
Para entender o fenômeno La Niña, podemos recorrer à explicação de Sias. “Trata-se de um resfriamento anormal das águas superficiais no Oceano Pacífico equatorial central e oriental. Em contraste com o El Niño, que eleva as temperaturas, a La Niña é parte do ciclo ENOS (El Niño-Oscilação Sul) e exerce uma influência significativa nos padrões climáticos em escala global”, finaliza.








































