A decisão do ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), de suspender a Lei em vigor em Rondônia que proíbe a linguagem neutra nas escolas e em editais de concursos públicos vem repercutindo de norte a sul do país. Entre as manifestações, destaque para a vereadora de Porto Alegre (RS), Fernanda Barth (PRTB) que considerou a decisão como uma “aberração jurídica”.
“Decisão de Fachin que anula a decisão que proíbe a linguagem neutra nas escolas em Rondônia, acaba com o português correto nas escolas e é uma aberração jurídica. Trata o uso da linguagem como liberdade de expressão, quando os professores deveriam seguir a gramática correta”, comentou Fernanda via Twitter.
Barth acrescentou ainda: “Na contramão de tudo o que se prega no ensino de português correto, que deveria ser o objetivo PRIMEIRO das escolas. O uso correto do português promove a inclusão social e econômica. O uso de um dialeto só atrapalha o desempenho escolar. Além disto torna impossível a concordância, o uso do plural e não é inclusiva para diversos grupos sociais como os portadores de autismo ou os surdos. Um dialeto que serve a minoria da minoria nunca será inclusivo. A decisão é absurda e abre precedente no Brasil inteiro”.
Para a vereadora porto-alegrense que é também Cientista Política e jornalista, a decisão do ministro deve ser contestada e diz que não foi democrática. “Baseado nisto pode-se enfiar goela abaixo a ideologia de gênero nas escolas, mesmo onde isto já foi proibido por legislação municipal. A decisão monocrática do ministro do Supremo deve ser contestada e exposta. É inaceitável. É demagógica. Não é democrática”, concluiu.