As evidências constantes da presença do aquecimento global têm formalizado pensamentos voltados para a preservação do meio ambiente. Ao contrário de antes, quando as medidas já pontuadas simplesmente foram parar no túnel do esquecimento, a cobrança chega agora pela própria natureza, que já deu o ultimato ao homem.
No Brasil, muitos ainda negam a existência do aquecimento global, mas os efeitos da negativa o brasileiro já observa bater à porta. Em 2023, a forte estiagem na Amazônia mostrou o que pode ser bem pior. Este ano, o Rio Grande do Sul, com centenas de mortos, revela para o mundo o que a natureza pode ser capaz de fazer quando sua preservação é infringida.
O Brasil, desde a chegada do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), tem tomado medidas agressivas para conter o desmatamento da Amazônia. Recuperar os estragos ambientais requer dinheiro e a participação de todos, principalmente de quem deteriora o meio ambiente para enriquecer. Para a ministra de Estado do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, a proposta é taxar os super-ricos e tirar deles parte do dinheiro para ajudar a recuperar a natureza. “Ficamos quatro séculos usando a natureza para transformar em dinheiro, em pecúnia, em dinheiro necessário, pois as pessoas vivem daquilo que produzem. No entanto, vamos ter que pegar parte desse dinheiro para preservar o que ainda existe”, disse.
Em entrevista à CNN Brasil, Marina explicou que o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, vai expor o projeto de captação de recursos dos super-ricos no encontro do G-20, que em 2024 tem o Brasil na presidência. O projeto, tratado como inédito, requer a máxima atenção dos governantes do planeta, que compõem os vinte mais ricos do mundo. “Exatamente, para que a gente possa usar parte desse dividendo que foi retirado da natureza e recuperá-la”, finaliza.
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